Depois de 50 anos os moradores do quilombo da rua Sacopã, na Fonte da Saudade, zona sul do Rio, ganharam do Governo Federal o título de reconhecimento provisório do terreno de cerca de 18 mil metros quadrados em uma das regiões mais nobres da cidade. Atualmente 28 pessoas de nove famílias vivem no local. O reconhecimento é o primeiro passo antes da posse definitiva da terra, que não pode ser vendida ou penhorada de forma alguma.
Apesar de ser direito dos moradores do antigo quilombo a posse da terra, de acordo com a Constituição de 88, o processo quase sempre é lento. A entrega do títulos foi feita pelo diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra, Richard Torsiano. Ainda este mês o local vai receber sua delimitação através da Portaria do Reconhecimento, já que o quilombo foi reconhecido recentemente pela Câmara de Vereadores do Rio, como área de interessa cultural.
Com o reconhecimento, os moradores esperam retomar em breve as ações culturais, como o Samba da Sacopã, que está proibido por decisão judicial, mas que já reuniu gente importante da música brasileira como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e dona Ivone Lara.
Além do quilombo da Sacopã, o Incra reconheceu essa semana o quilombo da comunidade do Cruzeirinho, em Natividade, na região Noroeste do Estado.
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O portão simples, cercado de árvores, dá acesso a um terreno de 18 mil metros quadrados de área verde preservada com vista privilegiada para o Cristo e para a Lagoa Rodrigo de Freitas
Foto: Mauro Pimentel
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O número 250 da rua Sacopã, no bairro Lagoa, é o endereço do primeiro quilombo urbano do Brasil
Foto: Mauro Pimentel
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Qualquer melhoria nas sete pequenas casas existentes no local é motivo para uma notificação da Justiça
Foto: Mauro Pimentel
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O portão simples, cercado de árvores, dá acesso a um terreno de 18 mil metros quadrados de área verde preservada com vista privilegiada para o Cristo e para a Lagoa Rodrigo de Freitas
Foto: Mauro Pimentel
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Um dos membros mais jovens da família Pinto passeia pelo terreno do quilombo
Foto: Mauro Pimentel
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Qualquer melhoria nas sete pequenas casas existentes no local é motivo para uma notificação da Justiça, motivada pelos vizinhos
Foto: Mauro Pimentel
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Visão geral de parte das residências do quilombo Sacopã com o Cristo Redentor ao fundo
Foto: Mauro Pimentel
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Não fosse a gente aqui já não teria área verde nenhuma. É só olhar ao redor", comenta Luiz Sacopã
Foto: Mauro Pimentel
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Corredor comum que liga as casas do quilombo Sacopã
Foto: Mauro Pimentel
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Essa é uma resistência de mais de meio século, é muito tortuoso, define o patriarca da família, Luis Sacopã
Foto: Mauro Pimentel
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Essa é uma resistência de mais de meio século, é muito tortuoso, define o patriarca da família, Luis Sacopã
Foto: Mauro Pimentel
Fonte: Terra