Após o apagão que afetou milhares de moradores de São Paulo e da Região Metropolitana, deixando imóveis sem energia por quase uma semana, o presidente da Enel, Guilherme Lencastre, afirmou em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira, 18, que as indenizações serão analisadas caso a caso.
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"Com relação à questão da indenização, nós também estamos acelerando o processo de indenização com relação aos danos elétricos e a gente vai analisar caso a caso depois, em relação a outras situações", declarou.
Lencastre orientou os clientes a utilizarem os canais de atendimento da empresa. "A gente pede que eles utilizem os nossos canais de comunicação, façam o requerimento e aí a gente vai tratar caso a caso. A gente precisa identificar o cliente, saber o que aconteceu e fazer análise. Então, isso também toma o seu tempo, a gente precisa fazer isso", acrescentou.
O presidente também comentou sobre as ações para prevenir novos danos, considerando a previsão de chuvas fortes a partir desta sexta. "Nós estamos trabalhando já nessa situação. A gente está se preparando com foco agora de novo. Primeiro, foco nos clientes que viveram essa situação recente. A gente está vivendo numa situação de normalidade agora, mas a gente também está muito preocupado com a chuva que vem pela frente", disse.
Ele ainda afirmou que há um plano de ação da Enel diante da previsão de ventos com velocidade de até 60 km/h na região. "A gente está mantendo um efetivo muito acima do necessário, em termos de prontidão, mas assim muito acima. Por quê? Porque a gente acabou passar por um evento extremo e a rede pode estar realmente precisando de fazer mais alguma manutenção específica onde a gente vai ter uma maior prontidão para o evento que vem, mesmo sendo uma previsão de ventos de menor intensidade."
Além disso, Lencastre afirmou que a Enel "teve uma rápida atuação" para atender os moradores atingidos pela chuva do dia 11 de outubro: "O fato é que a gente tinha prontidão para a previsão e a gente atuou rapidamente em uma mobilização maior e mais rápida do que a gente fez no ano anterior. A gente está falando da mobilização de equipes. Para a previsão que a gente tinha, a gente fez a mobilização prevista."
Sobre o flagrante de veículos parados no pátio da Enel durante o apagão, o presidente afirmou que "quando fala de 700 a 1.200 equipes, considera-se operações 24 horas por dia, em três turnos. Cada turno envolve cerca de 300 a 400 equipes, ou mais, e isso é o padrão em todas as empresas do setor.
"No setor de distribuição, operamos com mais veículos do que pessoas, porque, ao trocar de turno, é necessário preparar o carro e os equipamentos, o que demanda tempo. Ter mais veículos disponíveis é, na verdade, uma vantagem, pois acelera esse processo", disse ele.