Influencer fitness diz ter sido ‘surpreendido’ por operação da PF em sua casa

Renato Cariani é sócio de uma das empresas investigadas na Operação Hinsberg, que apura desvio de produtos químicos para produção de drogas

12 dez 2023 - 14h29
(atualizado às 16h02)
Influencer fitness Renato Cariani se pronuncia após operação da PF: 'Foi uma surpresa'
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O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, se defendeu nas redes sociais sobre a operação da Polícia Federal que apura o desvio de produtos químicos para produção de drogas. O empresário é um dos sócios da empresa Anidrol, que estaria envolvida no esquema, e por isso, foi alvo de busca e apreensão nesta terça-feira, 12. 

"Pela manhã, eu fui surpreendido com um cumprimento de mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas em um processo que eu não sei, porque ele corre em segredo de Justiça”, afirmou em um vídeo publicado em sua conta no Instagram. 

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Renato Cariani é alvo de investigação da Polícia Civil
Renato Cariani é alvo de investigação da Polícia Civil
Foto: Reprodução/Instagram

Segundo Cariani, seus advogados entrarão com um pedido para saber do que trata a investigação, mas confirmou que a busca e apreensão foi realizada com todos os sócios da empresa investigada. 

“Uma das empresas que sou sócio, que é a que está sofrendo investigação, ela foi fundada em 1981, tem mais de 40 anos de história, é uma empresa linda, onde minha sócia com 71 anos de idade ainda é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, Uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças, todas certificações nacionais e internacionais, uma empresa que trabalha totalmente regulada. Então, para mim, para a minha sócia e para todas as pessoas foi uma surpresa, como foi para você também”, declarou. 

Quem é Renato Cariani, alvo de operação da PF contra tráfico de drogas Quem é Renato Cariani, alvo de operação da PF contra tráfico de drogas

O empresário e educador físico agradeceu as mensagens de carinho de seus seguidores, que o acompanham em podcasts e em sua rotina diária, que compartilha nas redes sociais. 

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“Muito obrigado pela mensagem de cada um de vocês, por todas as postagens, obrigado de verdade, e logo que eu tiver acesso a esse processo eu divido com vocês o que realmente foi, porque não tenho acesso por enquanto, tá bom? Mas eu tinha que dividir aqui o que foi”, finalizou. 

Renato Cariani é um dos maiores influenciadores do mundo fitness no Brasil. Em seu perfil no Instagram, ele possui mais de 7,3 milhões de seguidores, além de outros 6,3 milhões de inscritos no YouTube. Em seu site, ele afirma que é formado em Administração de Empresas, Química e Educação Física. 

O influenciador também já competiu no fisiculturismo, e é conhecido por auxiliar vários famosos no processo de emagrecimento e ganho de massa muscular. 

Operação

Denominada Operação Hinsberg, a ação tem como objetivo acabar com a organização criminosa que desviou produtos químicos para produção de drogas. Ao todo, foram expedidos 18 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. 

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De acordo com a PF, as equipes descobriram durante as investigações que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais. Essas pessoas seriam vítimas que figuraram como compradoras. 

Veja imagens da operação da PF contra o tráfico de drogas que tem Renato Cariani como um dos alvos
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A polícia identificou 60 transações envolvendo essa organização, todas falsas, totalizando cerca de 12 toneladas de produtos químicos, como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Isso corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo, conforme a PF. 

As investigações também apontam que eram usadas várias metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos, como interpostas pessoas, ou ‘testa-de-ferro’, e empresas fictícias.

Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 35 anos de prisão.

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A ação foi realizada pela Polícia Federal, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco do MPSP) de São Paulo, e a Receita Federal. 

Fonte: Redação Terra
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