Os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, estariam feridos e em uma região com diversos cercos de polícia, segundo informações obtidas com investigadores pela coluna Na Mira, do site Metrópoles.
De acordo com a publicação, uma testemunha relatou que um dos fugitivos está mancando. Policiais também afirmaram que a dupla está em uma região de mata densa e com muitos animais peçonhentos.
Nesta quarta-feira, 6, a busca pelos homens completa 22 dias. Eles foram vistos pela última vez no domingo, 3, quando invadiram um galpão na zona rural de Baraúna (RN).
Eles fugiram da penitenciária no dia 14 de fevereiro. O caso marca a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui cinco presídios de segurança máxima. Ao menos cinco pessoas suspeitas de ajudá-los já foram presas. Cerca de 600 policiais estão envolvidos na operação.
Quem são os fugitivos
Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho".
Ambos são naturais do Acre e estavam sob custódia na Penitenciária Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, conforme divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na época.
No ano passado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre informou que Rogério e Deibson estavam entre os detentos envolvidos na rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Na ocasião, cinco prisioneiros foram assassinados.
Deibson foi detido em agosto de 2015 e também cumpriu pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele tem condenações e é acusado de envolvimento em assaltos, furtos, roubos, homicídios e latrocínio.
Já Rogério estava cumprindo pena no Acre quando foi transferido para o Rio Grande do Norte. Ambos são membros de uma organização criminosa e deveriam cumprir uma sentença de dois anos, até 25 de setembro de 2025.
O presídio federal de Mossoró foi inaugurado em 2009 e é o único localizado no Nordeste. Com uma área de 13 mil metros quadrados, abriga mais de 200 detentos e nunca havia registrado uma fuga.
Além de Mossoró, o Sistema Penitenciário Federal conta com presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), que abrigam detentos de alta periculosidade.