João de Deus é internado em Brasília após mal-estar e incômodo no peito

Quadro de saúde é estável e covid-19 está descartada; condenado a mais de 60 anos de prisão, médium cumpre pena em casa desde março

24 out 2020 - 18h15

O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, de 78 anos, deu entrada no hospital Sírio-Libanês de Brasília na madrugada deste sábado, 24, após sentir mal-estar e incômodo no peito. A unidade de saúde descartou a possibilidade de covid-19 e afirmou que o quadro é estável, mas reforçou a necessidade de internação.

João de Deus acumula 63 anos e quatro de meses de prisão em três condenações diferentes: estupros contra cinco mulheres (40 anos em regime fechado), violação sexual mediante fraude contra duas mulheres e estupro de vulnerável contra outras duas (19 anos e quatro meses em regime fechado) e porte ilegal de armas (quatro anos em regime aberto). O médium nega as acusações de abuso sexual.

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O Sírio-Libanês ressaltou que João de Deus é um paciente cardiológico e oncológico. Não há previsão de boletim médico, pois isso depende de um acordo entre paciente, família e hospital. Até o momento, não houve solicitação do boletim por nenhuma das partes.

João de Deus foi internado em hospital de Brasília na madrugada deste sábado, 24.
João de Deus foi internado em hospital de Brasília na madrugada deste sábado, 24.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil via AP / Estadão

João de Deus já havia sido internado nesta sexta-feira em um hospital de Anápolis, em Goiás, onde cumpre prisão domiciliar. Devido a uma piora no quadro de saúde, precisou ser transferido para o Sírio, na capital federal.

O médium está em prisão domiciliar desde março, quando a juíza Rosângela Rodrigues dos Santos autorizou a transferência por se tratar de um detento no grupo de risco da covid-19. Ele é obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com testemunhas e vítimas.

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) ainda não concedeu autorização para a saída do perímetro da prisão domiciliar. Em situações de emergência, no entanto, a Justiça permite ao preso comunicar a internação posteriormente.

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