A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, apresentou melhora clínica nas últimas 24 horas, segundo boletim médico das 6h30 desta segunda-feira, 30. Ela, que foi baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma abordagem em Duque de Caxias (RJ), passou de "quadro gravíssimo para grave".
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Segundo o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, Juliana teve o uso de drogas vasoativas suspensas e está mantendo a estabilidade. A jovem terá um novo boletim médico divulgado ainda no final da manhã desta segunda.
Apesar da melhora, a direção do hospital ressalta que "o quadro ainda é delicado", mas já foi permitida a redução da sedação para avaliação de estímulos neurológiocs.
"Ainda não é possível avaliação completa de nível de consciência e nem avaliar possíveis sequelas. A paciente segue internada no CTI da unidade, em ventilação mecânica (entubada) e acompanhada pelo serviço de neurocirurgia, em conjunto com equipe multidisciplinar", afirma a unidade de saúde, em nota.
Relembre o caso
Juliana foi atingida por tiros no crânio, na noite do dia 24 de dezembro, véspera de Natal. Ela estava com a família em um carro, indo em direção a casa de parentes, onde aconteceria a ceia, em Niterói, também no Rio de Janeiro. Além dela, seu pai foi atingido na mão.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, a jovem deu entrada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) às 21h12 de terça, levada pela PRF.
Procurada, a PRF informou que já afastou os agentes envolvidos no caso e abriu um inquérito para apurar o episódio. "A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência da noite de ontem, na BR-040, em Duque de Caxias/RJ", diz pronunciamento.
A PRF ainda garantiu que colaborará com quaisquer informações que ajudem na investigação do ocorrido.
"Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais. A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso", destaca nota.