A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira, 3, Adelso dos Santos de Almeida Júnior, conhecido como 'MC Juninho do BC', em Guarujá, no litoral de São Paulo. A prisão ocorreu após o suspeito divulgar nas redes sociais uma música em que fazia apologia ao crime e ironizava a morte do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis.
No vídeo em que divulga a música, obtido pelo Terra, o jovem canta: “Se é apologia, eu vou mandar. Eu
ou mandar, mando aí. Eu troco tiro com a Baep e é sem medo de morrer. Aqui é o P2C. Eu sou do crime organizado. Pode descer lá a Rota da capital de São Paulo. Os ‘menor’ cheio de ódio. Com a 9 [milímetros] na cintura. Eu tava no horário. Do nada vira a viatura. Trocaria do car****. Eu vou contar pra vocês, nós mandamos um montão. […] Um ficou fu****. E o que ‘deitou’ foi o Reis”, cantou ele, rindo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, policiais civis prenderam o MC, de 21 anos, em flagrante. Após trabalho de investigação, o suspeito foi identificado e localizado em sua residência no Parque Estuário, em Guarujá.
Após ser preso, ele foi conduzido à delegacia, onde foi autuado por apologia ao crime e por associação para o tráfico.
Em entrevista ao telejornal Bom Dia Região, da TV Tribuna, afiliada à Rede Globo na região, o delegado Fabiano Barbeiro afirmou que o crime pode acarretar em até 12 anos de prisão.
"Nós identificamos a música que esse indivíduo postou nas redes sociais, fazendo diversas ameaças inclusive, e ostentando arma de fogo. Então por meio dessa informação inicial, nós tratamos de utilizar nossas ferramentas de investigação e identificamos a qualificação e o endereço dele", explicou a autoridade policial.
"Depois fizemos um pedido judicial para expedição de um mandado de busca e apreensão e conseguimos localizá-lo. Fizemos a prisão pela prática de apologia ao crime e por promover organização criminosa. E por essa razão ele foi preso em flagrante. Trata-se de um crime inafiançável que pode chegar a 12 anos de prisão", acrescentou o delegado.
O Terra não conseguiu localizar a defesa de Adelso até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.