Jovem que matou amiga aos 14 anos é expulsa de faculdade de Medicina

Isabele Ramos Guimarães foi morta em 2020, com um tiro no rosto, pela amiga que, na época, tinha 14 anos

16 fev 2024 - 22h00
(atualizado em 19/2/2024 às 15h09)
Resumo
Jovem de 18 anos foi expulsa do curso de Medicina na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP), depois de descobrirem que ela havia sido condenada por ter matado uma amiga. Ambas tinham 14 anos quando ocorreu o crime.
Isabele Ramos Guimarães foi morta com um tiro no rosto
Isabele Ramos Guimarães foi morta com um tiro no rosto
Foto: Reprodução

A estudante que atirou e matou a amiga Isabele Ramos Guimarães, em 2020, foi expulsa do curso de Medicina na Faculdade São Leopoldo Mandic, localizada em Campinas, no interior de São Paulo, após uma mobilização de pais e alunos. Hoje com 18 anos, a jovem tinha 14, assim como a amiga, na época dos fatos, que se passaram em um condomínio de luxo de Cuiabá. As informações são da coluna True Crime, do jornal O Globo.

O desconforto entre os pais começou depois que uma aluna descobriu a identidade da caloura e espalhou pela faculdade que ela havia sido condenada. A partir de então, a jovem passou a ser rejeitada pelas colegas de classe, e a mobilização para que ela fosse expulsa começou.

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A faculdade abriu uma sindicância depois de receber uma denúncia sobre a jovem. Em nota, a instituição disse que foi "constatado que a presença da aluna gerou um clima interno de grande instabilidade no ambiente acadêmico".  Por esse motivo, teria preferido desligar a estudante. Ainda cabe a ela entrar com um recurso da decisão.

A instituição também vai restituir os valores pagos da mensalidade, que custa em torno de R$ 13 mil para o curso de Medicina.

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 12 de julho de 2020. Era um domingo, e a jovem teria convidado Isabele para fazer uma torta em sua casa. As duas tinham 14 anos e eram vizinhas no residencial Alphaville I, em Cuiabá.

Na mesma tarde, o namorado da jovem, então com 16 anos, chegou à mansão levando uma pistola de fabricação italiana Tanfoglio, calibre 38, cor preta e sem munição. A família da jovem praticava tiros, inclusive ela mesma, que já tinha vencido várias competições do tipo ainda adolescente.

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Segundo o processo, a pistola foi levada naquela data porque o pai da jovem, um empresário de sucesso, estaria interessado em comprá-la. Havia ainda mais uma arma na casa: uma pistola Imbel prata calibre 380, também sem balas.

Ainda de acordo com o processo, o empresário pediu para que a filha levasse as duas armas para o segundo pavimento, onde deveriam ser guardadas em um armário. Antes, porém, o namorado teria municiado a pistola Imbel.

Segundo os autos, quando subiu com a arma, a estudante disse ter se deparado com Isabele fumando um cigarro eletrônica escondida. Ela contou ter levado um susto com a presença da amiga na porta do banheiro e acabou disparando a arma "sem querer".  

A estudante foi condenada a três anos de medidas socioeducativas, inicialmente condenada por ato infracional análago a homicídio doloso. Ela passou cerca de 18 meses reclusa em uma unidade para menores infratores. Em junho de 2022, porém, após recurso apresentado pelos pais da jovem, a tipificação foi alterada para ato análogo a homicídio culposo, quando não há o intuito da morte, o que permitiu que ela ganhasse liberdade.

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Fonte: Redação Terra
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