Jurado revela momento mais difícil de julgamento do caso Marielle: ‘Foi o que mais pesou pra mim’

Advogado Élcio de Paulo foi um dos sete sorteados para o júri popular

3 nov 2024 - 22h35
(atualizado às 22h41)
Jurado fala sobre julgamento do caso Marielle Franco
Jurado fala sobre julgamento do caso Marielle Franco
Foto: Reprodução/TV Globo

O advogado Élcio de Paulo definiu os depoimentos da mãe e da esposa de Marielle Franco como os momentos mais difíceis do julgamento que condenou Elcio de Queiroz e Ronnie Lessa pelos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Ele foi um dos sete jurados escolhidos por sorteio para o caso.

"Na hora do depoimento da mãe [Marinete da Silva] dela. Foi o que mais pesou pra mim, e da esposa [Monica Benício] dela também. Foram dois momentos que mexeram muito comigo”, contou ao Fantástico, da TV Globo.

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Élcio de Paulo participou de outros júris nos últimos 15 anos, mas dessa vez foi diferente. Conforme conta, ele passou a conhecer a história de Marielle durante as investigações do assassinato, ocorrido em 2018.

“Eu não conhecia direito a história da Marielle. Eu tinha outra ideia na minha cabeça. Eu achava que era bem diferente, mas quando eu conheci a história dela também, e o próprio advogado da outra parte também confirmou muita coisa, então saio daqui tranquilo que o jeito que eu votei foi correto, e acho que fez justiça mesmo”, continuou.

O advogado fazia parte de um grupo inicial de 21 jurados, dos quais sete foram sorteados para o júri popular e precisaram ficar incomunicáveis até o término da audiência, que durou quase 22 horas. Sem contato entre eles, cada indivíduo respondia às perguntas com ‘sim’ ou ‘não’ em um papel, que foi colocado em uma urna. 

Antes de ser escolhido, Élcio de Paulo relutou no desejo de participar do júri: “Eu tava até torcendo pra não ser sorteado, né? Porque eu sei que era muita responsabilidade. Mas, no fundo, no fundo, eu queria participar. Ia ser um julgamento que tá todo mundo no Brasil todo falando, aí fora falando”.

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Lessa, que atirou contra a vereadora e seu motorista, pegou pena de 78 anos de prisão, 9 meses de reclusão e 30 dias de multa. Já Queiroz, que dirigiu o veículo no dia do crime, recebeu sentença de 59 anos de prisão, 8 meses de reclusão e 10 dias de multa. Eles foram condenados por todos os crimes dos quais foram acusados.

Fonte: Redação Terra
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