A Justiça de São Paulo prorrogou nesta quinta-feira, 1º, a prisão temporária dos três homens investigados no roubo de 720 kg de ouro no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. O crime ocorreu há uma semana dentro do terminal de cargas do aeroporto.
Estão presos o funcionário do aeroporto, Peterson Patrício, de 33 anos, e um amigo dele, Peterson Brasil. Patrício havia dito aos investigadores ter sido refém da quadrilha na véspera do crime.
Também foi preso o pintor Célio Dias, de 45 anos, acusado de ter definido o local para intermediar a fuga: um estacionamento na zona leste de São Paulo. Dias foi autuado em flagrante por posse de munição de calibre de uso restrito. O suspeito estava com um carregador de fuzil contendo projéteis calibre .762 mm.
Segundo a polícia, pelo menos 10 pessoas participaram do crime.
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Como foi o roubo de ouro em Guarulhos
Após usar veículos que imitavam carros da Polícia Federal para entrar na área de embarque de cargas do aeroporto, a quadrilha dominou funcionários e, em dois minutos, saiu com a carga de ouro. Na fuga, os carros foram abandonados no Jardim Pantanal e trocados por caminhonetes. Essas caminhonetes, depois, foram achadas pela polícia no estacionamento. A carga, avaliada em mais de R$ 100 milhões, iria para Nova York e Toronto.
Empresa diz que suspenderá transporte em aeroportos
Nesta quarta-feira, 31, a Brink's, empresa de transporte de valores, responsável pela entrega dos 720 kg de ouro até o Aeroporto Internacional de Cumbica anunciou que vai suspender as operações para esse tipo de serviço em alguns terminais do País. A empresa alega "níveis crescentes das atividades criminosas e as restrições operacionais"./COM AGÊNCIA BRASIL