RIO - O estudante João Pedro Mattos, de 14 anos, que morreu dentro de casa, em 18 de maio, durante uma operação das polícias Federal e Civil do Estado do Rio de Janeiro, foi atingido por um único tiro pelas costas. Segundo o laudo cadavérico, divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo jornal Extra e confirmado pelo Estadão, o projétil entrou pela direita, abaixo da axila, de baixo para cima, provocou lesões no pulmão e no coração e ficou alojado na altura do ombro esquerdo de João Pedro. A Polícia Civil já havia divulgado que o tiro foi disparado de um fuzil e tem calibre compatível com a arma usada por pelo menos um dos policiais. Mas a autoria do disparo ainda está sendo investigada.
Nesta quinta-feira, familiares de João Pedro eram esperados para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, em Niterói (Região Metropolitana do Rio), mas eles não compareceram. Segundo a Defensoria Pública do Estado do Rio, os parentes do morto não vão depor à Polícia Civil, cujos agentes atuaram na operação investigada, e sim ao Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), para garantir a independência da investigação.
Segundo a Polícia Civil, após os depoimentos deve ocorrer uma reprodução simulada do momento em que João Pedro foi morto.