A associação de lojistas de shoppings de São Paulo solicitou a presença de policiais militares dentro dos estabelecimentos após a realização de quatro encontros de jovens conhecidos como “rolezinhos”. Segundo o presidente da entidade, Nabil Sahyoun, o setor pretende que, a partir de fevereiro ou março, policiais fardados façam a segurança dentro dos shoppings centers. Ele não detalhou quantas unidades receberiam os militares nem o horário em que eles atuariam. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
"Shopping é um equipamento urbano inserido na cidade", diz. Para Sahyoun, a presença de policiais fardados poderia aumentar a segurança e também inibir a onda de "rolezinhos", combinados por meio de redes sociais. Segundo a associação, um dos rolezinhos impactou em prejuízo de 7% a 8% nas vendas do shopping Interlagos no domingo.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Secretaria de Segurança Pública recebeu o pedido de reforço policial e que o governo iria estudar a situação. "O doutor [Fernando] Grella (Secretário de Segurança Pública) vai examinar. Tem uma proposta de shoppings, de eles remunerarem os policiais, isso vai ser avaliado", afirmou.
Apesar do pedido, Alckmin fez questão de ressaltar que a segurança interna é de responsabilidade dos shoppings. "O policiamento nosso é publico, portanto o policiamento dentro do shopping deve ser privado. O nosso é publico, portanto ele é fora. Mas nós podemos estudar outras formas de fazer."
Os encontros de jovens começaram no dia 7 de dezembro, quando 6 mil se encontraram no shopping Metrô Itaquera, zona leste. Na semana seguinte, o local foi o shopping Internacional de Guarulhos, na Grande SP, onde 23 foram detidos – apesar de nenhum crime ter sido cometido.
No final de semana anterior ao Natal, os shoppings Campo Limpo e Interlagos registraram o encontro, também sem nenhuma ocorrência criminal.