A professora Monique Medeiros da Costa e Silva colocou a tornozeleira eletrônia na manhã desta quarta-feira, 6, um dia após deixar o Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro.
A liberdade condicional da mãe do menino Henry Borel, morto em 8 de março do ano passado, foi autorizada pela juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri da capital.
Monique estava presa desde o dia 8 de abril de 2021, denunciada pela morte do filho junto com o padrasto da criança, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. A juíza rejeitou o pedido da defesa do ex-parlamentar e manteve a prisão preventiva do réu.
Na decisão, a magistrada recordou os episódios de ameaça e agressão sofridos por Monique dentro do presídio, originados a partir do furor público com a gravidade do caso e ressaltou que, a princípio, a manutenção da prisão poderia evitar reações exageradas e violentas contra ela.
"Mesmo em ambiente carcerário, multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego da requerente, que, não obstante, não tenham sido comprovadas, ganharam o fórum das discussões públicas na imprensa e nas mídias sociais, recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas", disse.
A juíza Elizabeth Louro determinou que Monique seja monitorada por tornozeleira eletrônica e fique em local diferente dos usados antes, com o novo endereço permanecendo "em sigilo e acautelado em cartório".
A mãe de Henry não poderá voltar para a antiga residência, na Barra da Tijuca, onde o crime ocorreu. Só poderá ter contato com parentes e advogados, e também está proibída de fazer postagens em redes sociais.
O Ministério Público estadual informou que vai recorrer da decisão.
* Com informações da Agência Brasil