Mãe descobre 36 anos depois que filha foi trocada em hospital

Caso aconteceu em Sertãozinho (SP); mãe e filha realizaram o exame de DNA em maio deste ano e confirmaram a troca de bebês em 1985

28 jul 2022 - 15h37
(atualizado às 15h37)
Maria Regina descobriu 36 anos depois que filha foi trocada em hospital
Maria Regina descobriu 36 anos depois que filha foi trocada em hospital
Foto: Reprodução/EPTV

Trinta e seis anos depois, a corretora de imóveis Maria Regina Dias do Nascimento Fernandes descobriu que a filha foi trocada na Santa Casa de Sertãozinho, no interior de São Paulo, logo após o nascimento.

Segundo a EPTV, afiliada da Rede Globo na região, a mulher soube da possibilidade da troca de bebês em abril deste ano, quando o hospital enviou uma carta pedindo para que ela entrasse em contato para tratar um assunto de interesse dela. Maria Regina agendou uma reunião virtual com a instituição e recebeu a notícia. 

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"Você confia no hospital, que vai cuidar do teu filho e aí trocam o teu filho. A sensação que eu tive é que um cometa caiu na minha cabeça. Fiquei paralisada. Eu não acreditei, falei 'não é possível, eles estão loucos'. Imagina?. Não é normal, não está certo", disse à TV.

Maria Regina deu à luz em 30 de novembro de 1985 e a menina que ela recebeu do hospital ganhou o nome de Thaisa. A filha biológica, no entanto, foi entregue a outra família e se chama Mônica Tatiane Ribeiro.

De acordo com a emissora, a suspeita de que as bebês foram trocadas surgiu em 2021, quando Mônica fez um teste de DNA com a mãe e descobriu a incompatibilidade. Ela procurou a Santa Casa e, por meio de um cruzamento de dados dos nascimentos, o hospital chegou em Maria Regina. Em maio deste ano, as mães e filhas realizaram os exames de DNA e confirmaram a troca.

"É muito difícil lidar com toda essa situação, não é fácil. É doloroso olhar para trás e ver o que você perdeu. Não podemos ficar olhando para trás, mas não tem jeito. Não desejo para ninguém passar o que estou passando. Perdi anos de convivência. É uma mistura de sentimento, tem dia que tenho muita raiva e tem dia que tenho muita compaixão", desabafou Maria Regina.

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Apesar da mistura de sentimentos, ela vê na descoberta a chance de um futuro diferente. "É lógico que eu tenho muito amor aqui guardado para dar para todos. Acho que a gente consegue viver um bom período de vida. A gente pode fazer um futuro diferente e eu acredito nisso", contou.

À EPTV, as famílias disseram que vão processar o hospital. A Santa Casa de Sertãozinho informou que não vai comentar o caso porque o processo corre em segredo de justiça.

Fonte: Redação Terra
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