Uma moradora de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, precisou fazer um ‘gato’ para conseguir manter respirando a filha, que é diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME) e depende de aparelho à base de eletricidade. De acordo com Luciana Nietto, de 47 anos, parte do bairro onde mora ficou sem energia após o temporal que atingiu a região na última sexta-feira, 11.
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Ela faz parte dos cerca de 760 mil clientes que ainda estavam sem energia elétrica na região até a tarde deste domingo, 13. Em entrevista ao jornal O Globo, ela contou que Heloísa, de 18 anos, só consegue ficar 10 segundos sem o respirador. ‘Ela depende da energia”, disse.
Mesmo tendo ligando para a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento, e ser cadastrada como cliente vital, ou seja, com prioritário no atendimento, ela só conseguiu ser atendida após 40 horas.
Os técnicos apareceram na manhã deste domingo com um gerador, mas ela não aceitou. Ela contou que, durante o período que ficou sem eletricidade, contou com a ajuda de um vizinho, que a ajudou a puxar energia da casa dele, que tinha energia. O prazo que deram a ela para que o problema no bairro fosse resolvido foi “até quarta-feira”.
O Terra entrou em contato com a Enel para questionar sobre a demora no atendimento, apesar do caso ser classificado como prioritário, mas não teve retorno até o momento.
Temporal na capital
A forte tempestade que atingiu a Grande São Paulo na noite de sexta-feira deixou a capital paulista em estado de atenção em diferentes regiões, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura.
Foram registrados quedas de árvores, desabamentos, falta de energia e outros transtornos na região. O temporal também afetou outras partes do Estado. Segundo contagem da Defesa Civil, o temporal de sexta-feira matou ao menos sete pessoas na capital e no interior.