Mãe responderá por abandono após deixar filho de 2 anos sozinho com o cachorro

O Conselho Tutelar de União dos Palmares, no Estado de Alagoas, realizou um resgate na última sexta-feira, 12, de um menino de 2 anos que havia sido deixado sozinho com o cachorro na casa onde mora. Segundo o órgão, a mãe da criança chegou a ser detida e responderá por abandono de incapaz. 

Ao Terra, o conselheiro e presidente do Conselho Tutelar de União dos Palmares, Alisson Pereira, afirmou que a equipe recebeu, por volta de 17h da sexta-feira, uma denúncia anônima de que uma criança havia sido deixada em um buraco junto com um cachorro em um conjunto residencial.

Pereira, relata que, inicialmente, imaginavam se tratar de um buraco isolado em algum local afastado da praça do conjunto. Ao chegarem ao local, os integrantes do Conselho Tutelar confirmaram a denúncia de abandono de incapaz. No entanto, identificaram que a criança de dois anos, acompanhada por um cachorro, estava observando o movimento do lado de fora do muro, enquanto vizinhos paravam e questionavam se ela estava sozinha. Devido à pouca idade, a criança tinha dificuldades em se expressar.

Diante da confirmação do abandono, o Conselho Tutelar acionou a Polícia Militar. Cerca de 20 minutos depois, a mãe da criança chegou de moto, alegando que havia saído para trabalhar e precisou ir ao hospital, deixando o filho dormindo havia apenas 30 minutos.

A mãe tentou sair apressadamente, mas foi impedida pelos integrantes do Conselho Tutelar, que aguardavam a chegada da polícia. Com a chegada da polícia, foi constatado o abandono e a mãe foi detida em flagrante. No mesmo dia ela pagou a fiança e foi liberada. 

O Conselho Tutelar entregou a criança à avó materna. Posteriormente, foram feitos encaminhamentos ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) para acompanhamento familiar, e o caso foi notificado ao Ministério Público.

Na segunda-feira, 15, a mãe compareceu ao Conselho Tutelar, onde foi orientada sobre a gravidade e as implicações do seu ato. De acordo com o presidente do órgão, ela reconheceu o erro, prometendo não repeti-lo.

O Conselho Tutelar encaminhou o caso à Vara da Infância, que decidirá sobre a guarda da criança ou possíveis medidas de suspensão do poder familiar. O desfecho agora aguarda a manifestação do poder judiciário.

O Terra tenta localizar a defesa da mãe do menino, o espaço segue aberto para manifestações.