Mais 5 manifestantes presos durante protesto no Rio são soltos

22 out 2013 - 19h23
(atualizado às 19h23)

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira que mais cinco manifestantes presos durante protesto ocorrido na Cinelândia, no centro do Rio, no Dia do Professor, foram soltos na tarde de hoje. Eles estavam recolhidos na penitenciária de Bangu, na zona norte do Rio. Seis manifestantes ainda estão presos, de um total de 64 detidos na ocasião.

Foram soltos nesta terça-feira Bruno Phelippe dos Santos Miranda e Omar Amaral Fontenelle, autuados por formação de quadrilha e corrupção de menores; Marcelo Estevão Sá Cardoso e Yago Santana, detidos por lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores; e Wanessa Gugliemi Rojas, acusada por formação de quadrilha ou bando e corrupção de menores.

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No sábado, mais de 30 manifestantes foram liberados. Todos os 64 devem ser soltos por determinação da Justiça do Rio de Janeiro. Os que continuam presos aguardam seus alvarás de soltura.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

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A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi

assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas

populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas

também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo

de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de Janeiro,

CuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Fonte: Terra
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