Manifestantes pedem 'catracaço', e PM lança bombas no metrô

Confusão na estação Faria Lima começou após dispersão de ato do Movimento Passe Livre, que terminou sem violência

27 jan 2015 - 18h32
(atualizado em 28/1/2015 às 09h15)
<p>PM lançou bombas de gás lacrimogêneo dentro da estação Faria Lima do metrô</p>
PM lançou bombas de gás lacrimogêneo dentro da estação Faria Lima do metrô
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

Após um ato pacífico contra a tarifa do transporte público, alguns manifestantes se envolveram em um tumulto com a Polícia Militar (PM) na estação Faria Lima do metrô, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O grupo pedia a liberação das catracas e, para dispersar os manifestantes, a PM lançou bombas de gás lacrimogêneo dentro da estação, que estava lotada. Houve correria, e várias pessoas passaram mal.

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Após a ação da PM, que também usou cassetetes para agredir manifestantes, os vidros da estação foram quebrados por vândalos - pelo menos uma pessoa foi detida. A Força Tática chegou a bloquear o acesso ao metrô, e até mesmo os funcionários da Via Quatro (que administra a linha amarela do metrô) tiveram que encontrar uma forma de lidar com o gás lacrimogêneo: ao final da confusão, todos eles estavam com o rosto pintado de branco. "É leite de magnésia. Alivia o efeito do gás", disse um agente.

Pelo Twitter, a PM informa que "empregou os meios necessários para restabelecer a ordem dentro da estação Faria Lima" na noite desta terça.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, um repórter foi atingido por uma bala de borracha disparada pela PM do lado de fora da estação. Ainda segundo o jornal, o profissional só não foi ferido porque a bala acertou o celular dele, que estava em um bolso e ficou destruído com o impacto. No protesto da última sexta-feira, que terminou em confronto na Praça da República (centro), outro repórter do Estadão já havia sido ferido por um tiro de bala de borracha.

Estação estava lotada no momento da ação da polícia; várias pessoas passaram mal com o gás lacrimogêneo
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

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Ato pacífico

O "5º Grande Ato Contra a Tarifa", organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), terminou de forma pacífica no Largo da Batata, em Pinheiros. A passeata, que começou por volta das 19h30, seguiu pelas avenidas Faria Lima e Eusébio Matoso até chegar à Marginal Pinheiros, onde tomou a pista local. Depois, o ato voltou à Faria Lima e foi encerrado por volta das 22h no largo, sem registro de violência ou qualquer ocorrência. 

A Polícia Militar estima que 1.500 pessoas participaram do protesto; o MPL fala em 5 mil.

Ato contra aumento da tarifa fecha Marginal Pinheiros em SP
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6º Grande Ato

O MPL divulgou nesta terça-feira, durante a manifestação, a data do "6º Grande Ato Contra a Tarifa": será nesta quinta-feira, com concentração no Masp, na Avenida Paulista.

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A Polícia Militar, no entanto, tem afirmado que não permitirá que protestos passem pela via, visto que há um canteiro de obras para a construção de uma ciclovia no local. Segundo a PM, o material de construção disponível poderia, eventualmente, ser usado por vândalos.

Fonte: Terra
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