Marcha da Maconha na Praia do Leblon em frente ao Jardim de Alah, zona sul do Rio de Janeiro (RJ), neste sábado (5)
Marcha da Maconha na Praia do Leblon em frente ao Jardim de Alah, zona sul do Rio de Janeiro (RJ), neste sábado (5)
Foto: José Lucena/Futura Press

Promovida desde 2002, a Marcha da Maconha percorre na tarde de hoje (5) a orla de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, para defender a bandeira da legalização do uso e da venda da cannabis no país. O protesto conta com um carro de som e cartazes e percorrerá todo o trajeto, do Jardim de Alah ao Arpoador.

Rodrigo Mattei, um dos organizadores do ato e integrante do coletivo Movimento pela Legalização da Maconha, explicou que este ano a marcha também se posiciona contra a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

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"Toda medida como essa aparece como uma medida emergencial", disse. "A medida emergencial que o Brasil precisa é a legalização das drogas", completou ele, que vê a legalização da maconha como um passo para legalização de outras drogas. "A arrecadação com impostos aumentaria, e a gente pararia de ter só o ônus e passaria a ter um bônus também."

Para Rodrigo, apesar de os argumentos pró-legalização serem repetidos há alguns anos, eles enfrentam interesses econômicos e moralismo como barreiras. "Há uma moralização, que vem de uma campanha feita desde o início da proibição das drogas no século 20. Tem essa questão moral, mas tem também uma questão econômica."

Para Kathleen Feitosa, da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, o fim da guerra às drogas também reduziria o encarceramento de mulheres e permitiria um maior combate ao preconceito contra usuárias de drogas.  

"A mulher, quando delinque, ela rompe não só com a lei penal e o código que está escrito, ela rompe com a expectativa da sociedade sobre ela, porque não é dócil e não obedeceu às regras", destacou.

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Agência Brasil
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