O ex-jogador Marcelinho Carioca contou detalhes do período em que ficou sequestrado. O ídolo do Corinthians ficou sumido entre domingo e segunda-feira. Ele foi mantido por três homens em uma casa em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, ao lado de uma amiga.
"Chegaram três indivíduos e me abordaram, e aí tomei essa coronhada na minha cabeça e depois não vi mais nada. Entrei no carro e já colocaram o capuz e não vi mais nada", relatou na conversa com os jornalistas na saída da delegacia.
Marcelinho Carioca negou que teria sido sequestrado por ter um caso com uma mulher casada. Ao jornalista Datena, da Band, ele reforçou o já veiculado por seu advogado, em mensagem ao Terra, que disse que ele teria sido forçado a inventar um caso. "A Tais é minha amiga. Eu fui secretário de esportes há 3 anos, não sai com ela, não tive nada com ela", afirmou, referindo-se ao cargo que teve na prefeitura de Itaquaquecetuba, onde a mulher trabalha.
"Me forçaram a fazer aquele vídeo, tanto eu quanto ela. Você com um revolver na cabeça, forçado a falar isso e isso, o que é que você faz?", disse.
Ele também detalhou como ocorreu o sequestro. "Eu passei, depois do show do Thiaguinho, para poder entregar os ingressos de domingo que eu não iria participar. Estava lá no bairro, eu próximo da casa, em questão de cinco minutos [aconteceu]", explicou.
O que diz a Polícia
O delegado Arthur Dian também foi ouvido durante a coletiva de imprensa. Ele afirmou que, até o momento, seis pessoas foram conduzidas para a delegacia. Destas, cinco devem ser presas e a outra deve ser ouvida como testemunha.
O policial detalhou que cerca de R$ 40 mil foi extraído de Marcelinho Carioca. "Trata-se de um crime de extorsão mediante sequestro, foi exigido por parte dos sequestradores e foram efetuadas essas transações via Pix. Foi daí que a Polícia Militar partiu para os primeiros suspeitos que são os conteiros que foram apreendidos aqui para a divisão de sequestro."
Também na coletiva, um capitão da Polícia Militar falou sobre o momento em que encontraram o ex-jogador e a amiga no cativeiro. Ele explicou que receberam uma denúncia anônima de que havia um casal sendo matido refém em uma casa na rua Ferraz de Vasconcelos, em Itaquaquecetuba.