O ex-jogador Marcelinho Carioca negou que teria sido sequestrado por ter um caso com uma mulher casada. No início da noite desta segunda-feira, 18, ele falou sobre os momentos em cativeiro, horas após ter sido libertado pela polícia.
Ao jornalista Datena, Marcelinho reforçou o que já tinha sido dito por seu advogado, em mensagem ao Terra, que afirmou que ele teria sido forçado a inventar um caso. "A Tais é minha amiga. Eu fui secretário de esportes há três anos, não sai com ela, não tive nada com ela", declarou, referindo-se ao cargo que teve na Prefeitura de Itaquaquecetuba, onde a mulher trabalha.
"Me forçaram a fazer aquele vídeo, tanto eu quanto ela. Você com um revólver na cabeça, forçado a falar isso e isso, o que é que você faz?", disse.
Ele também detalhou como ocorreu o sequestro. "Eu passei, depois do show do Thiaguinho, para poder entregar os ingressos de domingo que eu não iria participar. Estava lá no bairro, eu próximo da casa, em questão de cinco minutos [aconteceu]", explicou.
Marcelinho disse que não viu bem como foi feita a emboscada. "Eu não vi nada, eu vi três pessoas andando. Quando voltaram, já vieram com a arma para cima de mim e me empurraram, deram uma coronhada no meu rosto, na minha cabeça", afirmou. O sequestro aconteceu na rua da amiga de Marcelinho.
O que diz a polícia
Em entrevista à imprensa, o delegado Arthur Dian afirmou que, até o momento, seis pessoas foram conduzidas para a delegacia. Destas, cinco devem ser presas, e a outra deve ser ouvida como testemunha.
O policial detalhou que cerca de R$ 40 mil foram extorquido de Marcelinho Carioca. "Trata-se de um crime de extorsão mediante sequestro, foi exigido por parte dos sequestradores, e foram efetuadas essas transações via Pix. Foi daí que a Polícia Militar partiu para os primeiros suspeitos que são os conteiros que foram apreendidos aqui para a divisão de sequestro."
Também na coletiva, um capitão da Polícia Militar falou sobre o momento em que encontraram o ex-jogador e a amiga no cativeiro. Ele explicou que receberam uma denúncia anônima de que havia um casal sendo matido refém em uma casa na Rua Ferraz de Vasconcelos, em Itaquaquecetuba.