Inicialmente a morte da pastora Marta Maria Kunzler da Silva, de 63 anos, foi tratada pela Polícia Civil como apenas mais um caso de latrocínio na cidade gaúcha de Montenegro. Alguns dias depois, o caso ganhou contornos mais cruéis, com o possível envolvimento do marido da vítima no caso. Por fim, a investigação concluiu que o companheiro de Marta não apenas a matou no dia do próprio aniversário, como contou com a ajuda do amante para executar o crime.
O assassinato foi registrado ainda em 14 de junho, aniversário de Marta, mas ganhou as manchetes nesta semana. De acordo com os dados liberados até agora, o esposo da pastora, um homem de 38 anos, teria contado com a participação do amante e de dois amigos para cometer o crime. Imagens de câmeras de monitoramento mostraram os dois últimos suspeitos saindo da casa da vítima na hora do crime e auxiliaram na organização das peças do quebra-cabeça.
No depoimento dado à polícia à época da morte, o marido disse que ficou trancado no quarto enquanto a mulher era atingida. O suspeito ainda relatou a presença de uma criança de dois anos na casa, que seria filha do amante e estaria em processo de adoção pelo casal. Conforme apurou o delegado, a pastora tinha conhecimento do caso do companheiro com o jovem de 22 anos.
Marta foi morta com golpes de faca e também por estrangulamento. Os criminosos fugiram no carro da vítima para simular um assalto, mas um blusão do marido sujo de sangue encontrado no veículo levou o grupo às primeiras contradições. Por fim, o amante confessou o crime.
O marido, o amante e um dos amigos foram presos preventivamente. O quarto envolvido segue foragido. A polícia ainda não sabe quem matou Marta, mas garante que todos participaram. A suspeita da investigação é de que o marido queria matar Marta para ficar com os bens do casal e viver com o amante.