Médico baiano que foi confundido tinha medo da violência no Rio; mãe não queria viagem

Perseu Ribeiro Almeida estava na cidade carioca para um congresso de ortopedia

6 out 2023 - 19h07
(atualizado às 19h18)
Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com um miliciano
Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com um miliciano
Foto: Reprodução

O médico Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, que teria sido confundido com um miliciano e morto no Rio de Janeiro, na última quinta-feira, 5, estava receoso de fazer a viagem. Por medo da violência na cidade, Perseu escolheu se hospedar no mesmo hotel onde acontecia o Congresso Internacional de Ortopedia. Ainda assim, ele e mais dois colegas foram assassinados em um quiosque em frente ao local onde estava hospedado.

Em entrevista ao g1, um tio de Perseu, Remo de Araújo, contou que a mãe do médico não queria que ele fizesse a viagem. O baiano então decidiu pagar mais caro na hospedagem, evitando deslocamentos na cidade, e ficou no Windsor, onde foi sediado o congresso, na Barra da Tijuca.

Publicidade

Ainda segundo Remo, Perseu planejava abrir uma clínica de ortepedia na cidade de Ipiaú, no sul da Bahia. O desejo era também a realização de um sonho familiar, já que o pai de Perseu também era médico, mas morreu precocemente, em um acidente de carro.

O médico havia comemorado o aniversário de 33 anos um dia antes de morrer.

Médicos mortos no Rio de Janeiro: veja quem são as vítimas Médicos mortos no Rio de Janeiro: veja quem são as vítimas

Relembre o caso

Além de Perseu, foram baleados os médicos Daniel Sonnewend Proença, único que sobreviveu ao ataque, Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), e Marcos de Andrade Corsato.

Publicidade

Os quatro, que estavam sentados no quiosque, foram alvo de atiradores que chegaram em um carro branco, por volta da 1h. Imagens de câmeras de monitoramento do local mostram o veículo parado na avenida da praia.

Os ocupantes do carro, todos vestindo roupa preta, desembarcam, vão em direção às vítimas e iniciam os disparos. A ação provoca uma correria entre os presentes no quiosque. Após a execução, o bando volta correndo para o carro, que segue para rumo desconhecido.

Tadeu de Lima Barbosa, o dono do quiosque, contou que as vítimas pareciam estar de saída do local e já tinham pago a conta no momento em que o crime ocorreu.

Investigadores trabalham com a hipótese de que Perseu Almeida, um dos profissionais de saúde executados, foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara.

Publicidade
Fonte: Redação Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se