Médico encontrado morto com pés e mãos amarrados é suspeito de participar de estelionatos

A polícia acredita que Gabriel Rossi foi morto a mando de uma comparsa nos crimes de estelionato por uma dívida entre os dois

8 ago 2023 - 21h08
Gabriel Paschoal Rossi estava desaparecido há uma semana
Gabriel Paschoal Rossi estava desaparecido há uma semana
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O médico Gabriel Paschoal Rossi, encontrado morto com as mãos e pés amarrados em Dourados, é suspeito de ter participado de um esquema de estelionato, segundo a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul. Em coletiva à imprensa nesta terça-feira, 8, a corporação deu detalhes sobre a investigação que já considerou que a determinação e a execução do crime estão elucidados.

O delegado Erasmo Cubas explicou que Gabriel teria sido morto a mando de Bruna Nathalia de Paiva. Os dois integravam o mesmo esquema de estelionatos. O médico, porém, atuaria "na ponta".

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"Tinha um esquema de fraude de cartões que ele emprestava documentos, conseguia e recebia através disso cartões virtuais para compras, isso é confirmado pelo depoimento de algumas pessoas E há a informação da participação dele na fraude de beneficiários com nomes de pessoas mortas. Ele emprestava a documentação e ia até a Caixa Econômica fazer o saque, e passava o dinheiro para a quadrilha", explicou Cubas.

Numa dessas transações, a polícia suspeita que Gabriel teria participado de um golpe que rendeu um montante mais alto e Bruna não queria repartir o valor com o médico. O delegado acredita que a dívida era de cerca de R$ 500 mil.

Cubas ainda detalhou que Gabriel Rossi fazia parte do grupo desde a faculdade, apesar de não saber precisar o momento exato de ingresso. Ele se formou em Medicina em março deste ano e no dia em que desapareceu foi visto pela última vez deixando o plantão no Hospital de Cassems, em Dourados. Gabriel foi encontrado trajando seu jaleco.

Principal suspeita foi presa

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Bruna Nathalia foi presa na segunda-feira, 7, em Minas Gerais, junto com mais outros três suspeitos de participação na morte do médico Gabriel. "Pegamos todos envolvidos. Celulares, cartões, tudo foi trazido pra cá.Nós não ouvimos eles ainda, não deu tempo", esclareceu o delegado Erasmo Cubas.

Ele detalhou ainda que o grupo teria alugado duas casas na cidade de Dourados. Uma por 15 dias e outra por apenas um dia. A intenção era justamente matar o médico e deixá-lo na primeira para que fosse encontrado dias depois.

Enquanto isso, Bruna teria manipulado mensagens no celular de Gabriel para parecer que ele estaria sendo ameaçado por causa de um estupro, um abortou e que ele seria do tráfico. O delegado chamou a estratégia de "cortina de fumaça".

Mesmo sendo a principal suspeita, não teria sido Bruna quem executou o crime. Ela contratou homens para matar o médico e nem chegou a estar na casa onde ele morreu.

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Fonte: Redação Terra
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