Metade dos municípios de SP não registra mortes há 14 dias

Dado foi divulgado em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira

9 set 2020 - 15h28
(atualizado às 15h55)

Dados divulgados nesta quarta-feira pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo continuam mostrando a tendência de queda da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo. De acordo com João Gabbardo dos Reis, coordenador-executivo do Centro de Contingência, 321 dos 645 municípios paulistas não registraram óbitos pela doença últimos 14 dias. Se levado em conta o período dos últimos sete dias, o número sobe: 422 municípios não tiveram mortes pelo novo coronavírus.

"Nas últimas quatro semanas, estamos indo para a quinta, tivemos uma média diária de 151 óbitos nos últimos sete dias, mas vamos esperar os dados de quinta e sexta, porque pode ter alguma correção compensatória pelo feriado", disse. "Em 14 dias, 50% dos municípios não apresentaram óbitos. Nos últimos sete dias, dois terços do total de cidades não registram mortes. São indicadores bastante positivos", afirmou.

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João Gabbardo dos Reis, membro do Centro de Contingência contra a Covid-19 do Estado de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
João Gabbardo dos Reis, membro do Centro de Contingência contra a Covid-19 do Estado de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP / Estadão Conteúdo

O Estado também registrou nesta quarta-feira o menor índice de ocupação de leitos de UTI para a doença, 53,1%. Na Grande São Paulo, esse índice é de 52,6%. Estão internados com suspeita ou confirmação da doença nesses leitos 4.525 pacientes. Outros 6.059 estão em leitos de enfermaria. Ainda segundo o balanço, 717.423 pessoas se recuperaram da doença. "São bons indicadores que mostram que a pandemia em São Paulo está recuando. Mas isso não significa afrouxamento na quarentena", afirmou o governador João Doria (PSDB).

O Estado de São Paulo registra nesta quarta-feira 866.576 casos confirmados e 31.821 mortes por covid-19. Em 24 horas, foram registrados 391 óbitos e 7.793 casos novos.

Aglomerações no feriado

Questionados sobre o cenário de aglomeração no Estado, principalmente no litoral, tanto o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, como membros do Centro de Contigência, afirmaram que os impactos serão sentidos em duas semanas. E disseram que "ele pode não ser tão alto", contrariando falas que demonstraram preocupação na semana anterior e que motivaram até mesmo um reforço na fiscalização com apoio da Polícia Militar em diversos municípios.

"Isso (movimento do final de semana) pode fazer com que o descrécimo de casos possa ser mais baixo até passar o efeito dessa aglomeração. Mas não acho que terá um efeito grande. Eles existem, mas não devem causar nenhum desastre", afirmou José Osmar Medina, chefe do Centro de Contingência.

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"Não tivemos tempo para verificar o impacto do que aconteceu no feriadão. Não podemos deixar de considerar que a praia é um ambiente ao ar livre, que tem possibilidade de transmissão menor que ambientes fechados. E o perfil das pessoas indo para a praia, são pessoas mais jovens, mais sadias e mesmo tendo risco de transmissibilidade, não tem a mesma chance de caso grave. Estamos numa outra fase da epidemia", afirmou Gabbardo.

Já Doria foi mais cauteloso e afirmou que a pandemia ainda está em curso e que não é momento par reuniões. "As pessoas precisam ter consciência disso. Não temos razão para promover aglomerações, festas ou encontros", afirmou.

No feriado de 7 de setembro, o governo do Estado fez ações com a Vigilância Sanitária. De acordo com balanço, foram feitas 2.170 inspeções, com 79 autuações, a maioria (64) concentrada na Baixada Santista e no litoral norte.

 
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