Funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aprovaram, nesta segunda-feira, 27, a realização de mais uma greve em São Paulo. Também se juntou a essas categorias, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Um pequeno grupo de trabalhadores se reuniu, na tarde desta segunda, em frente à Câmara de São Paulo, onde discursaram a favor da paralisação. Foi feita uma "votação simbólica" pela confirmação da greve, já decidida em assembleia na última quinta-feira, 23.
Como ocorreu duas vezes em outubro, nesta terça-feira, 28, está marcada mais uma ofensiva dos sindicatos com o objetivo de impedir o plano de terceirização dos serviços e a privatização das estatais, consideradas as três maiores empresas públicas de São Paulo.
Os funcionários devem paralisar durante 24 horas, a partir das 0h de terça.
Outras categorias, como profissionais da educação da rede estadual e funcionários da Fundação Casa também decidiram aderir ao movimento para reivindicar mais investimento em educação.
Ponto facultativo
Com a confirmação da greve unificada, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), se antecipou e determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital paulista nesta terça-feira. (Veja abaixo o que vai parar)
A greve vai provocar a paralisação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM. Apenas as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, concedidas à iniciativa privada, vão operar normalmente durante a paralisação.
No caso do Metrô, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 80% dos serviços operem em horários de pico (6h as 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais períodos durante a greve, sob pena diária de R$ 700 mil.
Também por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos. Caso descumpram as determinações, a multa diária estipulada é de R$ 30 mil.
No caso da Sabesp, a greve deve afetar os serviços de manutenção, arrecadação e administrativo. As atividades essenciais continuam sendo exercidas para garantir que o estado não fique desabastecido neste período. Ou seja, não deve faltar água para os paulistanos.
O que diz o governador?
Enquanto as categorias prometem cruzar os braços, o governador Tarcísio de Freitas fala em movimento “político” e vê deboche contra a sociedade. O governador não esconde de ninguém que quer deixar como principal marca de sua gestão a privatização de empresas públicas do Estado de São Paulo.
O Terra entrou em contato com a assessoria do Metrô, CPTM e Sabesp para saber mais detalhes sobre a greve, mas nenhuma resposta havia sido enviada até esta publicação. Em caso de resposta, essa matéria será atualizada.