O Metrô anunciou nessa quinta-feira que não irá suspender o contrato com a Alstom para a implantação do chamado CBTC (Sistema de Controle de Trens Baseado em Comunicação, na sigla em português). Por meio de uma nota, a empresa alegou que não constatou irregularidades no acordo. A reposta oficial do Metrô deve chegar ao Ministério Público nesta sexta-feira, de acordo com informações da rádio CBN.
O entendimento entre o governo paulista e a francesa Alstom foi firmado em 2008, durante a administração de José Serra (PSDB), ao custo de R$ 726 milhões. O sistema deveria solucionar a superlotação, principalmente nos horários de pico, por meio de intervalos menores entre os trens. No entanto, o modelo ficou conhecido pelas constantes falhas no controle e monitoramento das composições – alguns trens chegam a sumir no sistema. A direção do Metrô afirmou que aplicou multas de R$ 77 milhões à empresa multinacional por conta no atraso da implementação total do sistema, que deveria ter acontecido em 2010, e suspendeu os pagamentos em um ano. A Alstom também é investigada por subornos a políticos e funcionários do governo paulista, além da suposta participação em cartel para conseguir contratos no sistema de transportes de São Paulo.