Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, 23, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu aceitar a proposta feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e agora aguarda posicionamento do Metrô de São Paulo para suspender a greve.
A paralisação começou a 0h desta quinta e causou transtornos na capital paulista. A cidade registrou congestionamentos além do comum, além de estações e pontos de ônibus lotados.
Durante a assembleia dos metroviários, o MPT apresentou uma proposta para solucionar a situação. O Metrô de SP ainda não respondeu sobre a oferta.
Os metrovários decidiram manter a grave até que essa proposta seja aceita. Caso isso ocorra até as 23h desta quinta, as linhas vão voltar a operar normalmente nesta sexta-feira, 24.
Proposta do MPT
- Realização de agenda de negociação da pauta e reinvincações, reunindo nessas a PR do dia 23
- Pagamento do valor do abono, ainda que diferido, no valor de R$ 2,500 por trabalhador, por ano, de 2020 a 2022.
- Cancelamento de punições e garantias pelo requerente de não punição aos grevistas
- Ausência de desconto dos dias parados por conta da greve
- Uma vez que iniciada a negociação elabore uma cláusula de paz
Em live transmitida pelo Facebook e pelo Youtube, representantes do sindicato acusaram o governo do Estado de "golpe na imprensa, nos metroviários e na população".
"Ao mesmo tempo em que ele [Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo] teve uma linha com a imprensa e uma linha para a categoria, ele acionou a Justiça e fez um pedido de mandado de segurança para cancelar a liberação das catracas. O governo Tarcísio mentiu para a população de São Paulo", disse uma das representantes.
Entre as reivindicações da categoria estão: fim das privatizações e terceirizações do serviço de transporte por parte do governo; aumento de contratações por concurso público de novos servidores para ampliação do quadro de funcionários; e o pagamento do abono em troca da participação dos Resultados e Lucros (PRL) que, segundo o sindicato, não foi repassado aos trabalhadores entre os anos de 2020 e 2022.
Posição do Governo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decretaram ponto facultativo nas repartições estaduais e municipais da cidade de São Paulo e região metropolitana.
As duas medidas, que serão publicadas nos Diários Oficiais do Estado e do município nesta sexta-feira, 24, leva em consideração a greve dos metroviários iniciada nesta quinta-feira, 23, para a qual ainda não há desfecho.