Durante assembleia realizada na noite desta segunda-feira em São Paulo, os metroviários descartaram entrar em greve a partir da 0h desta terça-feira. Na semana passada, também em assembleia, a data tinha sido escolhida para uma eventual paralisação, que teria de ser ratificada nesta segunda-feira.
"A nossa proposta é que se retire o estado de greve e se mantenha o estado de alerta", disse Altino de Melo Prazeres Júnior, durante sua intervenção na assembleia. De acordo com Altino, a negociação será retomada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na próxima quinta-feira. Nesta segunda, já houve uma negociação entre as partes.
Os metroviários reivindicarm o cumprimento da totalidade do acodo coletivo de trabalho do ano passado. Isso passa pela equiparação salarial entre profissionais que exercem a mesma função e têm até dois anos de serviço. Números do sindicato apontam para a existência de 840 funcionários nessa condição.
"O que está pegando neste momento é justamente isso. Faremos novas rodadas de negociação no TRT para ver quem está com a razão."
A data base dos metroviários é em maio, quando deve haver uma grande mobilização da categoria. "Estaremos em uma época pré-Copa do Mundo, vamos trabalhar muito mais e queremos uma contrapartida. Historicamente, locais onde há esse tipo de competição, categorias envolvidas costumam ter uma mobilização maior", diz.
O Metrô informou que uma greve neste momento seria "totalmente despropositada" e que mantém permanentemente reuniões com o Sindicato visando o entendimento e o cumprimento dos compromissos assumidos pelas partes".