MG: manifestantes e PM entram em confronto a 2km do Mineirão

17 jun 2013 - 16h03
(atualizado às 19h33)
<p><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana, geneva, arial, helvetica, sans-serif; font-size: xx-small; line-height: normal;">Choque impediu o avanço do protesto na capital mineira a 2km do estádio Mineirão</span></p>
Choque impediu o avanço do protesto na capital mineira a 2km do estádio Mineirão
Foto: Marcellus Madureira / Especial para Terra

A manifestação de cerca de 25 mil pessoas contra o preço da tarifa de ônibus - R$ 2,80 - e contra a realização da Copa do Mundo no Brasil, nesta segunda-feira, em Belo Horizonte foi impedida pela Polícia Militar de alcançar o entorno do estádio Mineirão, resultando em confronto e correria. Os manifestantes haviam se reunido na praça Sete de Setembro, no centro da cidade, passaram pela praça da Rodoviária e interromperam o trânsito na avenida Presidente Antônio Carlos, principal via de acesso do centro ao estádio - onde jogavam Nigéria e Taiti pela Copa das Confederações. A maior aproximação do estádio, porém, foi impedida pela Polícia Militar com balas de borracha e bombas de efeito moral. Alguns manifestantes revidaram com bombas caseiras, provocando tumulto. 

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"Não dei ordens para que fossem lançadas bombas de efeito moral ou qualquer artefato por parte da PM. Eu estava no meio da manifestação e não sei o que ocorreu no início" disse a comandante CPC PM, coronel Claudia Romualdo, em entrevista à rádio Itatiaia.

A ideia dos manifestantes era encontrar outro grupo que protestava por melhores salários e condições de trabalho para professores estaduais e policiais civis. Pelo menos 50 policiais militares do Batalhão de Choque e da Cavalaria faziam um bloqueio, com a ajuda de cães, na orla da Lagoa da Pampulha, entre a Igreja de São Francisco de Assis e o estádio.

Os manifestantes encontraram o bloqueio da Polícia Militar a cerca de dois quilômetros do estádio, e, após negociação com a corporação, conseguiram seguir caminhada para uma região mais próxima do estádio, até a zona de interdição determinada pela Fifa, onde se deu o confronto.

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Professores

A marcha dos professores e policiais civis, por sua vez, envolveu cerca de 300 manifestantes e terminou por volta das 17h. Os manifestantes se dispersaram após o bloqueio definitivo na área de segurança da Fifa. Houve bate-boca, mas não ocorreu confronto físico. As categorias protestavam por melhores salários e condições de trabalho.

Os integrantes da marcha desobedecem a uma decisão judicial do desembargador Barros Levenhagen, que proibiu qualquer manifestação dos dois sindicatos em vias próximas ao acesso ao Mineirão durante o período de Copa das Confederações. A decisão proíbe ainda atos populares que interditem - mesmo que parcialmente - ruas e avenidas nos 853 municípios de Minas Gerais.

Outra manifestação

Ao todo, a grande Belo Horizonte viveu três protestos nesta segunda-feira. De manhã, um grupo fez um ato na BR-040, altura do bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, região metropolitana. De acordo com a Central de Informações Operacionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), eles reivindicam melhorias no transporte público da região. Foram montadas barricadas na estrada, com queima de pneus e entulhos. O protesto provocou engarrafamento de 12 quilômetros no sentido Sete Lagoas-Belo Horizonte.

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Fonte: Especial para Terra
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