Na última quarta-feira, 24, um avião bimotor com três pessoas a bordo desapareceu no mar, na costa de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Uma semana depois, apenas uma das vítimas foi encontrada. Nesta quarta-feira, 1º, uma mobilização nas redes sociais cobra a continuidade das buscas pelo copiloto da aeronave, José Porfírio de Brito Junior, de 20 anos. No Twitter, "Achem o avião" é um dos assuntos mais comentados.
A aeronave decolou do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, às 20h30 da quarta-feira passada, e deveria ter pousado cerca de uma hora depois no Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, o que não ocorreu. As buscas, coordenadas pelo Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Curitiba, unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), foram iniciadas na madrugada de quinta-feira, 25.
Ainda na quinta, a FAB encontrou no mar o corpo na área de busca em que um avião desapareceu. Mais tarde, o corpo foi identificado como sendo o do piloto Gustavo Calçado Carneiro, de 27 anos, que morava em Corumbá (MS) e, apesar de jovem, era considerado experiente. O copiloto e um tripulante, Sérgio Alves Dias Filho, de 45 anos, seguem desaparecidos.
Conforme registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave pertencia ao próprio copiloto. O avião estava em situação regular, com autorização para realizar voos noturnos. O bimotor foi fabricado em 1981 e seu Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA), documento obrigatório em aeronaves, venceria em agosto de 2022.
A mãe do copiloto, Ana Regina, e a namorada dele, Thalya Viana, informaram nas redes sociais que Porfírio deixou de fazer contato por volta das 21 horas da quarta-feira passada. Diariamente, elas têm usado as redes para dar atualizações sobre o caso e cobrar que as autoridades prossigam com as buscas.
Em um vídeo publicado na terça-feira, 30, a mão do copiloto, aos prantos, pede ajuda nas buscas. "Vocês não sabem que dor é essa", disse. "Não existe corpo, então, meu filho não está morto. Eu não vou desistir de procurar o meu filho."
Thalya, por meio do Instagram, critica o trabalho de buscas feito pela Marinha. "Como vai ser isso, Marinha? Vocês estão esperando eles voltarem nadando? Esperando eles ligarem passando as coordenadas de onde estão?", questionou por meio de stories.
Na tarde desta terça-feira, o perfil da Marinha desabilitou a função de comentários em suas postagens no Instagram. "A forma que você pretende resolver seus problemas é nos calando?", perguntou Thalya.
Ainda nesta terça, Thalya puxou a #Achemoavião. No Twitter já há mais de 16 mil tweets sobre o assunto.