Morador de São Paulo poderá ser multado por lavar calçada

Sabesp criou lista de “posturas” contra o desperdício de água; multas poderão ser cobradas a partir da segunda infração

19 dez 2014 - 20h42
(atualizado às 20h52)
<p>Reservatórios do Estado de São Paulo estão à beira do colapso</p>
Reservatórios do Estado de São Paulo estão à beira do colapso
Foto: Sabesp / Divulgação

Em meio à crise de abastecimento de água pela qual passa o Estado de São Paulo, a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) criou uma lista com recomendações para evitar o desperdício, que deverão ser seguidas por moradores da capital e de outras cidades.

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De acordo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tratou do tema nesta sexta-feira em reunião com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), os moradores deverão evitar, por exemplo, a “limpeza e lavagem de calçamentos e passeios públicos residenciais ou comerciais”. Segundo Alckmin, a sugestão da Sabesp prevê a cobrança de multa aos reincidentes, mas isso deverá ser definido por cada prefeitura, que deverá transformar a proposta em lei municipal.

“Cada prefeitura vai decidir. A ideia é uma primeira notificação só por escrito, alertando. Na segunda, aí pode ter multa”, disse o governador.

Haddad, por sua vez, disse que está disposto a adotar as recomendações. “Eu já havia conversado com a Dilma Pena, presidente da Sabesp, de que, como prefeito da capital e presidente do Conselho Metropolitano, nós gostaríamos de auxiliar no que fosse possível, em termos de posturas municipais”, disse. “Com as medidas que o governo do Estado já está tomando, porque é da sua alçada tomar, acho que esses esforços vão se somar para combater a crise hídrica”, completou. Segundo Haddad, a ideia é que os prefeitos se reúnam em janeiro para discutir a proposta.

Aumento do consumo

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Ontem, Alckmin anunciou uma multa na conta de água para aqueles que ampliarem o consumo em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014. Quem aumentar o consumo em até 20% da média, terá a conta elevada em 20%. Aqueles que aumentarem o consumo acima de 20% da média, terão a conta acrescida em 50%.

A medida ainda precisa ser aprovada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp).

Fonte: Terra
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