Um encontro de aproximadamente duas horas, na tarde desta quarta-feira, entre o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e lideranças comunitárias do Complexo da Maré, serviu para mapear as principais necessidades da comunidade. Os presidentes de associações de moradores da região elencaram duas prioridades: saúde e educação, incluindo a infantil.
O presidente da Associação de Moradores da Praia de Ramos e Roquete Pinto, Cristiano Reis, reclamou que as duas comunidades estão recebendo menos investimentos do que as demais do complexo. "Precisamos de saneamento básico e de posto de saúde, mas principalmente de uma creche, o que hoje não temos. Quem tem filho pequeno tem que botar alguém para tomar conta ou simplesmente não trabalha, pois vai deixar as crianças com quem? A questão da saúde também está muito precária", declarou o líder comunitário.
Reis disse que uma creche municipal, chamada de Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI), com 300 vagas, já seria suficiente para atender à demanda das duas comunidades, que têm cerca de 20 mil moradores, segundo ele.
Para o presidente da Associação de Moradores do Parque Maré, José Carlos Barbosa, a prioridade é a construção de mais unidades de saúde, para atender o total de 130 mil pessoas que moram no complexo de 15 favelas, à beira da Baía de Guanabara, zona norte da cidade.
"Precisamos de três clínicas da família, pois a necessidade existe e a demanda da população precisa ser atendida. Não queremos só a ocupação militar, com o poder ostensivo da polícia, mas principalmente as ações que todos precisamos para atender nossos jovens e nossos idosos", disse Barbosa. Segundo ele, só no Parque Maré moram cerca de 25 mil pessoas.
O prefeito do Rio acenou com a instalação das clínicas da família, que são unidades de saúde geridas por organizações privadas, além da construção de 19 unidades de ensino, incluindo um campus educacional, que agrupará em um mesmo espaço seis escolas e um EDI até 2016.
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"O objetivo é termos todas as crianças da Maré estudando em tempo integral. A licitação ocorreu na semana passada, e a gente deve começar as obras do campus escolar, perto da Vila Olímpica, dentro de um mês. Além disso, faltam três clínicas da família, e vamos começar de imediato a construção", disse Paes.
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Forças Armadas ocuparam a comunidade da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, neste sábado
Foto: Mauro Pimentel
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Tropas começaram a ocupação ainda na madrugada deste sábado
Foto: Mauro Pimentel
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Complexo na zona norte do Rio tem 15 comunidades
Foto: Mauro Pimentel
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Carros blindados, helicópteros e jipes são usados na ocupação
Foto: Mauro Pimentel
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Ocupação da favela ocorre após uma série de ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio
Foto: Mauro Pimentel
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Moradores circulam normalmente durante a ocupação da favela
Foto: Mauro Pimentel
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Moradores que estão a pé precisam abrir mochilas para serem revistadas pelos militares que ocupam a comunidade
Foto: Mauro Pimentel
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Carros, vans e motos que estão entrando nas favelas estão sendo revistados
Foto: Mauro Pimentel
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Circulação de moradores continua mesmo com a ocupação da comunidade
Foto: Mauro Pimentel
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Forças Armadas entraram na favela ainda na madrugada deste sábado
Foto: Mauro Pimentel
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Ocupação iniciou tranquilida na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Após ocupação, mais uma UPP será instalada
Foto: Mauro Pimentel
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Moradores acompanharam de suas casas a ocupação da favela
Foto: Mauro Pimentel
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Soldados utilizaram forte armamento para invadir o local
Foto: Mauro Pimentel
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Ocupação começou ainda na madrugada de sábado
Foto: Mauro Pimentel
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Comerciante limpa tranquilamente a calçada durante a ocupação
Foto: Mauro Pimentel
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Segundo o general de Brigada do Exército Roberto Escoto, que comanda a Força de Pacificação na Maré, não há notícias de confronto com bandidos quando as Forças Armadas entraram nas favelas e não foram feitas prisões até o final da manhã deste sábado
Foto: Mauro Pimentel
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O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que espera que até 31 de julho a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do complexo de favelas da Maré esteja instalada
Foto: Mauro Pimentel
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Governador do Rio de Janeiro cumprimenta o Ministro da Defesa
Foto: Mauro Pimentel
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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse neste sábado que conjunto de favelas da Maré, que foi ocupado neste sábado por tropas das Forças Armadas, era um hub da distribuição de drogas e de roubos de carros e motos
Foto: Mauro Pimentel
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Estamos libertando um território que é uma cidade de 130 mil habitantes. Já prendemos 180 pessoas nos últimos 15 dias . Somando forças a gente desperta a esperança e o caminha para poder vencer o tráfico de drogas, disse Pezão
Foto: Mauro Pimentel
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Moradores do Complexo da Maré, ocupado pelas Forças Armadas, vivem expectativa de mudanças sociais
Foto: Fernando Frazão
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O potiguar Jorge Paulo, 68 anos, há 65 na Maré, possui uma pequena criação de cabras
Foto: Fernando Frazão
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Andreia Oliveira da Costa, que mora há 12 anos no local, não se conforma com as condições de moradia
Foto: Fernando Frazão
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Welington Barbosa, que vive em um barraco à beira de um canal no Complexo da Maré, quer ajuda do Estado para sair da casa de compensado
Foto: Fernando Frazão
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Criação de cabras de Jorge Paulo, que veio do Rio Grande do Norte e hoje vive no Complexo da Maré
Foto: Fernando Frazão
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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, em visita ao Complexo da Maré
Foto: Governo do Rio
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Crianças brincam com forças de ocupação do Exército
Foto: Governo do Rio
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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, em visita ao Complexo da Maré
Foto: Governo do Rio
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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, em visita ao Complexo da Maré
Foto: Governo do Rio
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Carros do Exército fazem ronda no Complexo da Maré