Moradores de ocupação protestam em frente à prefeitura do RJ

11 abr 2014 - 17h01
(atualizado às 21h43)
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Famílias expulsas pela Polícia Militar da invasão de um prédio desativado da empresa de telefonia Oi protestam em frente à sede da prefeitura municipal e pedem acesso à casa própria
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Cerca de 150 moradores que ocupavam um terreno da Oi em Engenho Novo, na zona norte do Rio, protestam em frente à prefeitura da cidade na tarde desta sexta-feira. Eles reclamam da violência da polícia na reintegração de posse realizada nesta madrugada e exigem falar com o prefeito Eduardo Paes.  A tropa de choque acompanha a manifestação à distância.

Alguns moradores levaram colchonetes e cobertores. O grupo chegou por volta das 14h e promete permanecer no local até ser ouvido pelo governo. "O que vimos hoje foi um massacre, não respeitaram ninguém. A gente só sai daqui com uma resposta", afirmou Edi dos Santos, 26 anos, que morava na ocupação com a esposa e os quatro filhos. Antes, ele e a família viviam na favela Metro Mangueira, removida pela prefeitura.

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Santos diz que a polícia chegou por volta das 4h e entrou no prédio sem a presença de oficiais de Justiça. As lideranças da ocupação usavam um carro de som do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev) para se comunicar com os moradores.

Grupo diz que ficará no local até ser recebido pelo prefeito
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A desocupação terminou com um intenso confronto entre policiais e famílias que ocuparam, há duas semanas, o terreno que pertence à empresa Oi, no Engenho Novo e deixou vários feridos e dezenas de detidos nesta sexta-feira. Cerca de 1,6 mil policiais chegaram ao local ainda na madrugada, atuando na reintegração de posse

Por volta das 6h30, a população que mora no local ofereceu resistência e entrou em confronto com a tropa de Choque da Polícia Militar. Pelo menos cinco veículos foram incendiados, lojas foram saqueadas e bancos da região tiveram vidraças quebradas.

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Alguns moradores reagiram e chegaram a jogar um coquetel molotov em direção aos militares. A polícia reagiu, atirou bombas de efeito moral e disparou tiros de borracha para dispersar os manifestantes que ocupavam várias ruas do bairro. Entre os feridos estão moradores que inalaram fumaça e policiais apedrejados.

Fonte: Terra
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