O motorista de um caminhão que atropelou e matou uma mulher, na manhã desta quinta-feira (09), em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, não vai ficar preso. A notícia da liberação do condutor revoltou os familiares da vítima. O caso aconteceu na Avenida Dom Pedro II, no Jardim Orestes Thá.
A advogada da família, Camila Andreatta, afirmou à Banda B que o motorista em questão apresentava claros sinais de uso de algum tipo de droga.
"Ele vai sair pela porta da frente da delegacia. Todo mundo está muito indignado com isso. Ele fez o teste do bafômetro que deu zero, porém ele estava com sinais claros de uso de entorpecente ou de medicação rebite. O delegado não fixou fiança, disse que ele pode ir embora e que é pra ele pegar a requisição para ser feito o exame toxicológico. É claro que ele não vai fazer, não vai produzir prova contra ele mesmo", disse Andreatta.
Ainda de acordo com a advogada, o suspeito já foi condenado em 2020 por portar 29 quilos de maconha.
Outros acidentes
Testemunhas relataram terem visto o respectivo caminhão desde as 2h da madrugada transitando pelo município e se envolvendo em outros acidentes.
"As testemunhas afirmam terem visto ele transitando, provocando acidentes, batendo em portão de casa. Às 5h teve um acidente com ele em que inclusive a GM foi acionada, mas ele foi liberado. 7h30 teve o acidente que matou a mulher", contou a advogada.
O acidente fatal
Conforme apurou a reportagem da Banda B, o motorista perdeu o controle da direção, invadiu a calçada e atropelou uma pedestre. Ele acabou batendo também contra um poste. Ele chegou a ser detido na ocasião e prestou depoimento à polícia.
A tenente Marjory Hoiser, da Polícia Militar (PM), disse que a mulher sequer teve chances de sobreviver, por conta da pancada.
"Essa senhora, toda manhã praticava caminhada aqui pela região. Infelizmente, ela estava caminhando na ciclovia e o caminhão perdeu a direção, não sabemos ao certo qual o motivo da perda de direção do condutor, mas ele colidiu contra o poste e a vítima ao mesmo tempo"
disse a tenente Marjory Hoiser, da PM.
Ainda conforme a PM, o caminhão é de uma empresa, não estava em nome do motorista, mas os documentos estavam em dia.