Fernando Sastre Filho acumulou 42 multas de trânsito bem como autuação por participação em racha, na Avenida Paulista. Tornou-se réu por homicídio nesta terça-feira, 30, mas Justiça negou pedido de prisão preventiva.
O empresário Fernando Sastre Filho acumula 42 multas por excesso de velocidade e uma autuação por participação em racha na Avenida Paulista. Os registros de trânsito também mostram que Fernando, que dirigia o Porsche que colidiu contra o veículo do motorista de aplicativo Ornaldo Viana, já esteve envolvido em outros dois acidentes.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Os registros foram divulgados pelo Jornal Nacional, da TV Globo, nesta terça-feira, 30. Foi detalhado que Fernando Sastre Filho chegou a ter a CNH suspensa em outubro de 2023, por causa do racha em que ele estava envolvido em 2020. O empresário havia recuperado a habilitação em março deste ano, mesmo mês em que ocorreu o acidente que terminou com a morte de Ornaldo.
As multas se referem a carros registrados em nome de uma empresa pertencente à família de Fernando. Ao todo, são 53 infrações de trânsito, contando com as 42 por excesso de velocidade.
Outros acidentes
Os registros mostram dois acidentes em que Fernando esteve envolvido, na zona leste de São Paulo. Ambos envolveram motoqueiros.
Em dezembro de 2020, Fernando contou que um motoqueiro atravessou em alta velocidade um cruzamento no farol vermelho, acertando o carro dele. Segundo o boletim de ocorrência, o empresário disse ter se oferecido para ajudar o homem, mas a oferta foi negada.
Também na ocasião, Fernando teria sido liberado para deixar o local, dessa vez por policiais civis.
O outro acidente ocorreu um ano e meio depois. O boletim de ocorrência diz que Fernando vinha pela faixa da direita quando foi surpreendido por um acidente entre duas motocicletas. O empresário teria acabado passando por cima das motos e das vítimas.
Empresário virou réu
Fernando Sastre Filho se tornou réu por homicídio com dolo eventual e lesão corporal gravíssima, nesta terça-feira. A decisão do juiz Roberto Zanichelli Cintra acolhe um pedido do Ministério Público de São Paulo.
Ainda assim, a Justiça negou pela terceira vez o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil e pelo MPSP. Segundo a decisão, não há indícios de que o empresário tenha tentado atrapalhar as investigações.