O talude norte da mina de Gongo Soco da mineradora Vale em Barão de Cocais (MG) passou a se movimentar 20 centímetros por dia em alguns pontos isolados e 15,7 centímetros por dia em sua porção inferior, segundo informações divulgadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM). No sábado, 25, no boletim anterior publicado pela agência, a velocidade da movimentação era de 14,1 centímetros por dia na parte inferior e 19 centímetros por dia nos pontos mais críticos. As previsões eram de rompimento do talude até este final de semana.
A Defesa Civil continua monitorando a movimentação do talude. Embora as autoridades já comecem a dizer não ser possível estabelecer o dia exato, a ruptura do talude é dada como certa. Dada a ruptura, existem dois cenários possíveis. Na melhor hipótese, a estrutura escorrega aos poucos e fica retida na cava da mina, sem causar grandes impactos para moradores de Barão de Cocais e da região. Na pior, a queda provoca um abalo sísmico que estoura a barragem de rejeitos, localizada a 1,5 quilômetro de distância. Esse risco é entre 10% e 15%, segundo auditoria contratada pela Vale.
A Vale avisou autoridades acerca da movimentação do talude no último dia 13, quando a movimentação era de 4 centímetros por dia. A barragem da mineradora está localizada a 100 quilômetros de Belo Horizonte.