Movimento Passe Livre promove 'catracaço' em Brasília

6 jun 2014 - 21h30
(atualizado às 21h31)
Movimento Passe Livre faz protesto em estação do metrô. Manifestantes pularam as catracas em defesa da tarifa zero
Movimento Passe Livre faz protesto em estação do metrô. Manifestantes pularam as catracas em defesa da tarifa zero
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

A menos de uma semana para a Copa do Mundo, o Movimento Passe Livre (MPL) no Distrito Federal faz ato na Rodoviária de Brasília para divulgar o projeto Tarifa Zero, que prevê transporte público gratuito. Os integrantes do movimento pularam as catracas do metrô e incentivaram quem por ali passava a fazer o mesmo. Os funcionários do metrô e a polícia não tentaram conter o "catracaço", que durou aproximadamente 10 minutos.

A questão do transporte foi o que desencadeou as manifestações em junho do ano passado. Recentemente, greves e paralisações no transporte coletivo ocorreram em cidades como São Paulo, São Luís, Fortaleza e Salvador.

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Segundo a Polícia Militar do DF, cerca de 50 integrantes do movimento divulgaram o projeto, em cartazes e panfletos. A rodoviária é um dos lugares mais movimentados do centro de Brasília, de onde saem ônibus para as demais regiões administrativas do DF e cidades do entorno. É também a estação central das linhas de metrô.

"A tarifa zero é possível", diz a integrante do MPL, Flávia Sofia Brandão. Ela explica que o movimento defende a gestão coletiva do transporte, a ser financiado por um fundo de transporte, composto por recursos dos orçamentos local e federal.

No DF, as tarifas variam de R$ 1,50 a R$ 3 para passagens de ônibus e custam R$ 3 no metrô. Estudantes têm isenção. Quem usa o transporte diariamente reclama dos preços e da má qualidade. "No final do mês, quase metade do meu salário vai para transporte", diz a secretária Bruna Cobo, que passava pela rodoviária durante o ato.

O governo do Distrito Federal acompanhou a movimentação. Segundo o GDF, desde julho do ano passado o governo - em parceria com entidades, empresas e a Universidade de Brasília - estuda a implementação da tarifa zero, e admite ser possível, mas não para este ano. A intenção é usar recursos de impostos já cobrados. O estudo, segundo o governo, esbarra em questões técnicas, pois estima que o número de usuários triplique sem a cobrança de tarifas, e isso complica o atendimento da demanda.

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Agência Brasil
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