Um homem de 34 anos é o primeiro paciente em Mato Grosso do Sul diagnosticado com a febre Chikungunya. O caso foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande nesta sexta-feira (17) e mais um paciente segue em investigação. Em todo país, já foram registrados 337 casos da doença até o último dia 11, de acordo com último relatório do Ministério da Saúde.
O paciente é da capital e foi internado no dia 23 de setembro em uma clínica particular. O material colhido para análise da doença foi encaminhado para laboratório, em Belém do Pará. Segundo informações da Secretaria Municipal, ele já recebeu alta hospitalar e não apresenta mais os sintomas da febre, mas está sendo monitorado por equipe da Sesau. Ainda não há confirmação se o homem contraiu a doença no Estado ou em viagem recente.
Além desse caso confirmado, a Secretaria aguarda para a semana que vem o resultado do exame de mais um paciente com suspeita da doença. Outros dois casos investigados já foram descartados após resultado negativo do exame laboratorial.
Os responsáveis pela Secretaria ainda não falam em epidemia da doença no Estado, mas as autoridades estão em alerta. O trabalho de controle dos mosquitos transmissores foi intensificado pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde. Os agentes de saúde visitam as residências para identificar e eliminar possíveis focos do mosquito.
A possibilidade do aumento de casos da doença é preocupante, já que o mosquito transmissor é o mesmo da dengue, doença que a Capital registrou graves epidemias em 2010 e no ano passado.
Doença – De acordo com o Ministério da Saúde, a febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti e o Aedes Albopictus os principais vetores.
Os sintomas são parecidos com o da dengue, mas podem durar por mais tempo: febre alta, dor muscular e nas articulações e dor de cabeça. Complicações com casos de morte são raros, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
As medidas de prevenção são as mesmas válidas para a dengue, evitando o acúmulo de água parada.