O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foi recebido na tarde desta quarta-feira pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), após fazer uma passeata que, segundo o movimento, reuniu 10 mil pessoas na capital paulista. De acordo com a Polícia Militar, 6 mil pessoas participaram do protesto. "A reunião foi produtiva, as nossas pautas foram acolhidas e atendidas para o que era colocado no imediato", avaliou o coordenador do MTST, Guilherme Boulos.
A manifestação começou por volta das 9h na zona sul da capital paulista. Sem-tetos de oito ocupações do movimento (Capadócia, Vila Nova Palestina, Dona Deda, Pinheirinho, Che Guevara, Chico Mendes, João Cândido e Faixa de Gaza) participaram. Eles se concentraram na praça Roberto Gomes Pedrosa, nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes. O movimento seguiu com um pequeno grupo de representantes até a sede do governo, na expectativa de serem atendidos pelo governador.
"Parte das reivindicações eram objeto de negociações que estão sendo feitas na Secretaria de Habitação e outros órgãos. Demos um encaminhamento bastante propositivo, saímos desse encontro com soluções ou bons encaminhamentos", disse o secretário de Habitação, Silvio França Torres, que participou da reunião com o movimento.
Entre as reivindicações do movimento que serão contempladas pelo governo está a extensão da Linha 5-Lilás do Metrô até o Jardim Ângela; o adiantamento de recursos para estudos topográficos na ocupação Nova Palestina, na zona sul; a instalação de um Conselho Gestor de Área de Proteção Ambiental (APA), em Embu das Artes, para avaliar a liberação - para construção de moradias - da ocupação do MTST conhecida como Roque Valente. O governo também pediu auxílio da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) para resolver a falta de água e problemas de esgoto em Embu das Artes.