Uma mulher foi agredida por um policial militar, em Natal, no Rio Grande do Norte, após dar um tapa no capacete dele. Um vídeo mostra o momento em que a vítima é puxada pelo cabelo, e na sequência, leva vários socos enquanto tenta se desvencilhar do PM. Caso ocorreu em meio aos ataques criminosos realizados no estado.
O Terra tentou contato telefônico e por e-mail com as polícias Civil e Militar, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
De acordo com o jornal O Globo, o caso ocorreu durante uma manifestação de familiares de presos, na BR-101, que pedem atenção aos maus-tratos denunciados pelos detentos nas penitenciárias do estado.
O vídeo mostra quando a mulher dá um tapa no capacete de um agente da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam). No vídeo veiculado pela reportagem, é possível ver que o policial, ainda em cima da moto, puxa o cabelo dela.
Depois, ele desce do veículo e começa a socá-la. Outros policiais se juntam a ele, e manifestantes partem para cima do policial. Ainda segundo o jornal, duas mulheres acabaram detidas na confusão.
Ataques no RN
Desde a madrugada de terça-feira, 14, ataques a tiros e incêndio em prédios públicos, comércios e veículos foram registrados em ao menos 20 cidades do Rio Grande do Norte. .
Entre as cidades estão Acari, Boa Saúde, Caicó, Campo Redondo, Cerro Corá, Jaçanã, Lagoa D'anta, Lajes Pintadas, Montanhas, Mossoró, Nísia Floresta, Parnamirim, Santo Antônio, Tibau do Sul, Touros e São Miguel do Gostoso.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de RN, Francisco Araújo, as ações criminosos foram motivadas por exigências como aparelhos de televisão e visitas íntimas, para os presos do sistema penitenciário estadual. As declarações ocorreram na manhã de quarta-feira, 15.
"Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima, coisa que o sistema prisional não está atendendo porque está cumprindo a lei de execução penal", afirmou.
Em um primeiro momento, a Secretaria de Segurança Pública havia dito que os ataques criminosos eram uma resposta às ações policiais relacionadas à apreensão de armas e drogas. Posteriormente, ainda na terça-feira, a pasta mudou a versão ao afirmar que a ordem vinha de dentro dos presídios e organizada por uma facção criminosa.