A mulher de 45 anos que foi operada em caráter de emergência para a retirada de um tumor de 46 kg na cidade de emergência em Itaperuna, no Rio de Janeiro, morreu no último domingo, 11.
A informação foi dada pelo cirurgião Glaucio Boechat, que foi responsável pela retirada do tumor e acompanhou o quadro, em suas redes sociais.
“Com enorme pesar, informo que a paciente submetida a uma cirurgia para retirada de um tumor de 46 kg, veio a falecer 11 dias após uma intervenção cirúrgica de emergência, realizada por nossa equipe médica”, declarou.
Segundo ele, a paciente estava evoluindo de maneira muito satisfatória ao procedimento, mas morreu por causa de uma parada cardiorrespiratória.
“De suma importância, nunca negligenciar qualquer sintoma. Ao primeiro sinal, procurar auxílio médico, visando um diagnóstico precoce, possibilitando ao profissional buscar intervenções enquanto há controle no processo evolutivo da doença”, alertou o médico.
A equipe médica estava programando uma alta do CTI para esta segunda (12/9). Ainda não há informações sobre o histórico médico da paciente.
Relembre o caso
Em entrevista exclusiva ao Terra, Glaucio Boechat explicou que a mulher conviveu com o tumor nos últimos cinco anos sem desconfiar. "Ela achava que estava engordando", contou.
A paciente só procurou ajuda médica na segunda-feira, 29 de agosto, após sentir dificuldades para respirar.
"O quadro era muito grave, se a gente não a operasse, ela corria o risco de ter uma parada respiratória", relata o médico.
Além da dificuldade de respirar, a mulher também apresentava um quadro grave de anemia.
A cirurgia demorou cerca de duas horas, envolvendo cerca de 13 profissionais para retirar o tumor que pesava 46 kg. "Eu nunca tinha visto um tumor desse tamanho, nunca vi nada parecido", disse o cirurgião.
O médico não soube afirmar o que ocasionou a condição, já que o resultado da biópsia demora até 20 dias para ser liberado. Ele, no entanto, suspeita que o tumor possa ser um mioma que se formou no útero da paciente."