Mulher suspeita de assassinatos sofre perseguição por ser 'jovem, bonita e bem-sucedida', diz advogado

O casal Paolla Bastos Neiva e Valter Esteves de Bessa Júnior são suspeitos de duplo homicídio e tentativa de homicídio em Mato Grosso

2 jul 2024 - 12h24
(atualizado às 13h27)
Paolla Bastos Neiva
Paolla Bastos Neiva
Foto: Divulgação/PCGO

O advogado de Paolla Bastos Neiva, que é procurada pela Justiça junto com o companheiro Valter Esteves de Bessa Júnior por suspeita de duplo homicídio e tentativa de homicídio em Mato Grosso, afirmou que a mulher não cometeu os crimes e alegou que ela sofre perseguição. O casal também é suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas.

"Durante a instrução processual, será demonstrado sua inocência, pois está sendo vítima de perseguição, por ser jovem, bonita, empresária, e bem-sucedida financeiramente", disse o advogado Welder de Assis Miranda, em nota enviada ao Terra.

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A defesa também afirmou que Paolla não conhecia as vítimas nem tinha desavenças com elas. "Não tem uma filmagem do crime, uma interceptação em desfavor de Paolla, ou mensagem dando ordem para que as vítimas fossem mortas, pagamento ou promessa de pagamento para que o crime fosse consumado", disse Welder. (Leia a nota na íntegra no fim da matéria).

O advogado também representa Valter Júnior. Porém, ele informou ao Terra que vai aguardar a audiência de instrução e julgamento para se posicionar, bem como a conclusão do inquérito policial da Comarca de Goiânia. 

Valter Esteves de Bessa Júnior e Paolla Bastos Neiva
Foto: Divulgação/PCGO

Entenda o caso

Na última terça-feira, 25, a Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), deflagrou a Operação Narke 2, que cumpriu mandados de busca e apreensão, apreendeu uma caminhonete de luxo e bloqueou R$1,5 milhão do casal.

De acordo com as investigações, Valter, conhecido como Valter do Quebra Caixote, ocupa uma posição de destaque em uma organização criminosa em Goiânia (GO). Ele recebia ajuda, segundo a PCGO, da sua atual companheira, Paolla, e de sua sogra para lavar grandes quantias em dinheiro vindas do tráfico de drogas.

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Caminhonete de luxo apreendida
Foto: Divulgação/PCGO

As investigações apontaram que, em um período de três meses, Paolla movimentou cerca de R$ 3 milhões em suas contas bancárias, sem exercer qualquer tipo de atividade econômica lícita. Já sua mãe, que declara ser faxineira, tinha registrada em seu nome uma caminhonete de cerca de R$ 250 mil e gerenciava valores de aluguéis de imóveis supostamente pertencentes a Valter. 

Ainda conforme a corporação, Valter e Paolla são suspeitos de duplo homicídio e tentativa de homicídio, em Mato Grosso, por conta de disputas relacionadas ao tráfico de drogas. 

A Polícia Civil autorizou a divulgação da imagem do casal para auxiliar em seu reconhecimento e prisão.

Nota da defesa na íntegra

O advogado Welder de Assis Miranda, que representa as investigadas, fazendo a defesa de três pessoas, são elas: Paolla Bastos, Luzia Bastos e da Kethellen Beatriz.

Primeiramente os fatos trazidos são inverídicos, Paolla não foi no Estado do Mato Grosso, matar nenhuma das vítimas, ou deu ordem para a consumação do fato;

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Segundo, a defesa informa que no dia do fato, que as vítimas foram mortas, os autores são homens, Paolla não conhecia às vítimas, nunca tendo nenhuma desavença com as mesmas;

Não tem uma filmagem do crime, uma interceptação em desfavor de Paolla, ou mensagem dando ordem para que as vítimas fossem mortas, pagamento ou promessa de pagamento para que o crime fosse consumado.

Paolla está disposição do Delegado de Polícia do Mato Grosso e da Denarc, para elucidar os fatos, pois não tem qualquer participação direta ou indireta na consumação do fato;

Durante a instrução processual, será demonstrado sua inocência, pois está sendo vítima de perseguição, por ser jovem, bonita, empresária, e bem-sucedida financeiramente.

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Fonte: Redação Terra
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