Mulher vai à delegacia fazer B.O. e descobre que estava "desaparecida" há 11 anos

Inicialmente, caso pareceu um erro, mas tem a ver com fato ocorrido na adolescência da jovem

26 set 2024 - 16h39
(atualizado às 19h26)
Dayanara Spring
Dayanara Spring
Foto: Arquivo Pessoal

Dayanara Spring, uma curitibana de 30 anos, teve uma surpresa incomum ao comparecer a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência por assalto. O policial que a atendeu informou que seu nome constava no banco de dados como pessoa desaparecida há 11 anos. Inicialmente, caso pareceu um erro, mas tem a ver com fato ocorrido na adolescência da jovem. A história foi compartilhada por ela nas redes sociais e acabou viralizando. 

Em entrevista ao Terra, Dayanara explicou como descobriu essa situação inusitada: “Em 2019, eu precisava tirar a segunda via da minha carteira de trabalho, que eu tinha perdido após ser assaltada. Então, fui até uma delegacia da Polícia Civil fazer o boletim. Chegando lá, o policial colocou meus dados no sistema e apareceu que eu estava desaparecida. A princípio, fiquei sem entender o porquê e criei algumas teorias na minha cabeça, até ele falar que o motivo era porque eu fugi de casa em 2008”, relata ela.

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O que aconteceu em 2008 foi uma fuga de casa. Aos 14 anos, Dayanara morava com sua tia em Toledo, no oeste do Paraná. “Eu fugi de casa porque acreditava que poderia me virar sozinha. Minha tia foi até o colégio, e lá eles alertaram o conselho tutelar. Minha tia fez o B.O., e após três dias eu voltei. Nós nos encontramos no conselho tutelar, conversaram com meus tios, acharam que estava tudo certo, e fomos para casa”, relembra.

Apesar de a vida ter seguido normalmente, o boletim de ocorrência feito naquela época nunca foi baixado, deixando Dayanara como “desaparecida” nos sistemas policiais, mesmo que ela tenha levado uma vida regular, adquirindo documentos, casando, tendo uma filha e até viajando para o exterior. “Fiz CPF, carteira de trabalho, conta em banco, título de eleitor, casei, tive uma filha, fiz carteira de motorista, passaporte, viajei para fora do país (Xangai) e voltei. E foi aí que descobri que estava desaparecida.”

Dayanara destaca que, ao receber a notícia, ficou confusa e achou até que pudesse ter sido vítima de algo mais sério. “Os dois minutos entre o ‘você está desaparecida’ até eu saber o motivo, achei que tinha sido raptada de alguma família rica ou que tinha alguma coisa a ver com a viagem para a China!”, conta, rindo da situação.

Ela também comenta que os sistemas de dados não se comunicam entre si, o que permitiu que essa situação inusitada perdurasse por tantos anos. “Pelo que entendi, os sistemas não conversam entre si, e só depois de 11 anos eu descobri o ocorrido. Após isso, ficou tudo resolvido.”

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Ao final, Dayanara tratou o caso com leveza, embora tenha se surpreendido com a descoberta. “Achei engraçada a história, mas na época nem dei muita importância porque estava vivendo normalmente. E depois continuei vivendo normal!”, conclui.

A situação foi regularizada após o episódio, e hoje ela não consta mais como desaparecida nos registros oficiais.

Fonte: Redação Terra
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