“Não gosto do que dizem, mas respeito”, diz Paes sobre atos

Prefeito reiterou ainda que entende manifestações, mas que violência não pode ser tolerada. “Ninguém acha graça nos atos de vandalismo”, disse. Protesto na sede da Prefeitura do Rio está marcado para esta quinta-feira

19 jun 2013 - 20h21
(atualizado às 21h36)
<p>Prefeito do Rio de Janeiro espera que não haja violência na manifestação programada para esta quinta-feira, na Prefeitura</p>
Prefeito do Rio de Janeiro espera que não haja violência na manifestação programada para esta quinta-feira, na Prefeitura
Foto: J.P.Engelbrecht/Prefeitura do Rio de Janeiro / Foto: J.P.Engelbrecht/Prefeitura do Rio de Janeiro / Divulgação

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, um dos principais alvos dos manifestantes nos últimos protestos na capital fluminense, ao lado do governador Sérgio Cabral, afirmou em coletiva de imprensa na sede da Prefeitura, em que anunciou a redução das tarifas de ônibus de R$ 2,95 para R$ 2,75, que “não gosto do que dizem, mas respeito”. 

Nesta quinta-feira, por mais que todas as tarifas de transporte público do Rio de Janeiro tenham sido reduzidas, inclusive trens (de R$ 3,10 para R$ 2,90), metrô (de R$ 3,50 para R$ 3,20) e barcas (de R$ 4,80 para R$ 4,50), está programada outra grande manifestação que partirá da Igreja da Candelária até a sede da Prefeitura, no centro. 

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“Ninguém acha graça nos atos de vandalismo. Ninguém concorda com isso. São pessoas que não desejam esse tipo de ato. Tenho muita convicção que a passeata vai acontecer com tranquilidade e serenidade. É para isso que eu torço”, afirmou o prefeito. Na última terça-feira, a sede da Prefeitura de São Paulo foi tomada por manifestantes que forçaram a entrada no prédio da administração municipal e causaram grande destruição no entorno. 

Há o forte receio de que o mesmo possa acontecer no Rio de Janeiro, mesmo com a redução nas tarifas, e a liberação por parte da Justiça de três manifestantes que estavam presos. “Vou ajudar para que a manifestação transcorra com tranquilidade. Quando se fechou a (avenida) Rio Branco, se encontrou formas alternativas, e é o que vai acontecer amanhã. Quem fizer de forma democrática, a favor ou contra, a Prefeitura vai apoiar”, reiterou.

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Eduardo Paes afirmou ainda que tentou um diálogo com algumas das lideranças do movimento no Rio de Janeiro, mas explicou que “essas manifestações não têm claramente um núcleo de liderança. Tentei ontem, e tive uma resposta negativa. Nem acho que eles representam todos aqueles que foram para Rio Branco”. 

“Estou de olhos e ouvidos bem abertos, tem uma parcela muito grande da populaçao que quer ser ouvida. Tenho visto que os partidos nem têm sido muito bem tratados. O caminho da política é algo importante. Ouvir essas pessoas é fundamental”, finalizou. 

Fonte: Terra
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