O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira, em Brasília, que não há nenhuma decisão tomada sobre a adoção de um rodízio no fornecimento de água em São Paulo. Segundo ele, o Sistema Cantareira está há cinco dias estável e o governo optou pela redução na pressão do abastecimento durante a noite.
“Não há uma decisão tomada sobre o rodízio, optamos pela válvula redutora de pressão”, disse o governador, após reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Alckmin comemorou a colaboração da população na economia de água e disse que não tem intenção de utilizar a terceira reserva técnica do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo.
“O rodízio é um assunto técnico que a Sabesp está tomando. O que nós fizemos com bons resultados é o aumento de oferta, com a interligação do Sistema Cantareira a outros sistemas”, explicou.
Alckmin foi chamado ao Palácio do Planalto para tratar sobre a crise hídrica que enfrenta o Estado, na mesma semana em que a presidente encontrou também os governadores do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, Luiz Fernando Pezão e Fernando Pimentel. Participaram do encontro os ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Nelson Barbosa (Planejamento).
O tucano havia se reunido pela última vez com a presidente Dilma em dezembro, quando os dois assinaram convênios de R$ 2,6 bilhões para obras de saneamento. No último dia 23, o Palácio do Planalto informou que incluiria a obra de transposição do rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, para o sistema Cantareira, em São Paulo. O projeto é orçado em R$ 830 milhões e tem previsão de conclusão em 18 meses.