A Polícia Civil não encontrou vestígios de cova ou restos humanos durante as escavações realizadas nesta quarta-feira, 16, em novas diligências do caso do escoteiro Marco Aurélio Simon, desaparecido há 37 anos, durante uma escalada do Pico dos Marins, em Piquete, interior de São Paulo. Policiais e peritos utilizaram máquinas escavadeiras e cães farejadores nas buscas.
Dois pontos foram explorados em área de mata e, em uma das escavações, foi retirado um chumaço de pelos ou cabelos que será encaminhado para análise, Os peritos consideraram remota a possibilidade de se tratar de restos humanos. Cerca de 20 pessoas, entre técnicos, peritos e auxiliares, participaram das buscas. A Polícia Civil considerou encerrado o trabalho de campo, mas a investigação vai prosseguir com a tomada de novos depoimentos de algumas testemunhas.
Na época com 15 anos, Marco Aurélio sumiu na manhã de 8 de junho de 1985, quando ele e três amigos, acompanhados de um monitor, faziam uma trilha em direção ao pico. Um dos colegas torceu o pé e o adolescente foi autorizado pelo líder a retornar para um acampamento na base do morro em busca de ajuda. Ele não foi mais visto, nem deu notícia. Polícia, Corpo de Bombeiros e Exército realizaram buscas durante 28 dias, sem encontrar nada. O caso foi dado como encerrado, sem solução, em 1990.
A reabertura das investigações aconteceu em julho de 2021, quando o pai do garoto, que nunca desistiu de procurar pelo filho, apresentou novas evidências sobre o caso. Uma testemunha teria visto uma cova na área que foi escavada nesta quarta. Em outra linha, a polícia chegou a investigar relatos de que o escoteiro teria se tornado andarilho, mas não encontrou evidências. Mesmo tendo passado muito tempo, a família de Marco Aurélio nunca desistiu de procurar por ele e ainda espera por respostas para o misterioso desaparecimento do escoteiro.