O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu nesta segunda-feira, 27, o plano contra alagamentos de sua gestão e disse que não pretende mudar suas ações para prevenir a cidade dos efeitos das tempestades. De acordo com ele, a enchente da última sexta-feira, 24, "teria sido uma tragédia" se a Prefeitura não tivesse feito as obras de drenagem que já fez.
Nunes participou nesta manhã, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (PL), da inauguração da estação Varginha, da Linha 9-Esmeralda, na zona sul de São Paulo - a estação foi entregue com 10 anos de atraso. Ao fim do evento, o prefeito foi questionado sobre os estragos provocados pela chuva nos últimos dias.
Vídeos que mostram o Beco do Batman, na Vila Madalena, completamente tomado pela água em poucos minutos, viralizaram nas redes sociais. "Foi um volume de chuva muito grande", alegou Nunes. Foram 120 milímetros, quase metade para todo o mês de janeiro.
"As obras da prefeitura têm dado o resultado esperado, ainda mais se a gente considerar o que está acontecendo com as mudanças climáticas, com um volume de chuva muito alto, em um espaço de tempo muito curto", afirmou o prefeito. "Obviamente ainda tem muita coisa para fazer, mas a gente já avançou bastante."
De acordo com Nunes, o Município investiu 7,6 bilhões em obras de drenagem - em especial canalizações de rios e construção de piscinões com projeção de capacidade para 100 anos - e contenção de encostas para evitar enchentes e deslizamentos nos últimos quatro anos, período do seu primeiro mandato. Ele afirmou que, neste momento, estão em obras oito novos piscinões na cidade, entre eles o do Rio Verde, na zona leste da cidade, que deve atender à principal demanda de drenagem da cidade hoje.
Além da canalização de rios, construção de piscinões e obras de contenção de encostas, o prefeito citou a construção de jardins de chuva, mas em volume muito menos expressivo: hoje, são 300 em toda a cidade de São Paulo, conforme Nunes.