O que se sabe sobre operação contra jogos ilegais no Brasil?

Ação da polícia contou com 19 mandados de prisão e mais de R$2 bilhões bloqueados

4 set 2024 - 16h12

Um avião confiscado. Veículos de luxo apreendidos. 19 mandados de prisão. 24 mandados de busca e apreensão. R$2 bilhões bloqueados.  Esse foi o resultado da operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco na manhã desta quarta-feira (4).

Foto: Polícia Civil de Pernambuco / Perfil Brasil

Chamada de Operação Integration, a ação investiga crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. A polícia aponta que a organização criminosa que foi alvo da operação teria movimentado R$3 bilhões vindos de jogos ilegais: "a quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias", afirmaram os agentes.

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Na ação de hoje, também foram confiscados bens dos investigados, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além disso, foram cumpridos 19 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife.

A ordem vale para cidades de cinco estados diferentes: Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Cerca de 170 agentes foram para as ruas.

O chefe da polícia de Pernambuco, Renato Rocha, disse que a operação mira uma organização que faz lavagem de dinheiro com recursos provenientes de jogos ilegais. Porém, ele não explicou quais jogos são esses, não nomeou pessoas ou empresas investigadas.

Ainda assim, a empresa Esportes da Sorte publicou um comunicado afirmando que não teve acesso aos inquéritos. "O Esportes da Sorte ratifica seu compromisso com a verdade, com o jogo responsável e, principalmente, com o cumprimento de todos os seus deveres legais. A nossa casa está de portas abertas para apresentar documentos, esclarecer dúvidas e prestar apoio irrestrito a qualquer ação investigatória", diz a nota.

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A investigação contou com apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e da Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.

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