Ônibus voltam a circular após paralisação de 24 horas no Rio

9 mai 2014 - 09h00
(atualizado às 12h53)
Ônibus voltaram a circular nesta sexta-feira no Rio de Janeiro depois da paralisação de 24 horas de parte de cobradores e motoristas
Ônibus voltaram a circular nesta sexta-feira no Rio de Janeiro depois da paralisação de 24 horas de parte de cobradores e motoristas
Foto: Mauro Pimentel / Futura Press

Os ônibus voltaram a circular nesta sexta-feira no Rio de Janeiro depois da paralisação de 24 horas de parte de cobradores e motoristas. Segundo a Rio Ônibus, que representa as empresas de ônibus da cidade, a movimentação é considerada normal, mas ainda não foi informado qual o percentual da frota que está nas ruas. Tanto os veículos das linhas normais quanto os de integração com o Metrô estão circulando. 

Durante toda a quinta-feira as empresas fizeram mutirão para comprar peças e consertar os 467 veículos que foram depredados durante a greve. Muitas empresas têm as suas próprias oficinas e, ao longo do dia, fizeram pedidos de urgência em lojas e fornecedores para obter, principalmente, para-brisas, retrovisores e janelas que foram danificadas pelos grevistas.

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Esperando ônibus em um ponto cheio em São Cristóvão, o pintor Maurício do Nascimento Diniz, 50 anos, reclamou dos atos de vandalismo contra coletivos. "Sou contra quebrar e arrumar confusão. Quem sai prejudicado é a gente. Tem que fazer manifestação para melhorar, não para piorar", disse Diniz.

Mesmo com a volta da circulação de ônibus, os cariocas reclamaram das dificuldades de chegar ao seus destinos nesta sexta-feira. "Não tem greve hoje, mas tem pouco ônibus da minha linha circulando", disse a carioca Márcia Ferreira, 40 anos.

O trânsito está engarrafado no centro, o que, na opinião de alguns moradores, é reflexo da greve. "Muitas pessoas acharam que ia ter greve de novo e vieram de carro. Aí o trânsito está péssimo", disse a supervisora de cobrança Débora Marins, 32 anos. "Concordo com a greve, porque os motoristas não podem ser cobradores também. Atrapalha a atenção deles", disse Débora.

A aposentada Eunice Nascimento da Silva, 70 anos, também reclamou dos atos de vandalismo. "Quebrar ônibus prejudica a gente. A empresa tem seguro, a gente não", disse.

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Os ônibus do sistema BRT circulam sem problemas, nos dois eixos. Na quinta-feira, um coletivo do BRT foi depredado, e a circulação foi suspensa devido a atos de vandalismo de grevistas. No final da noite, as empresas entraram com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) pedindo que a Justiça considere a greve abusiva, pois está em vigor uma acordo que foi firmado entre a Rio Ônibus e o sindicado da categoria. A Rio Ônibus diz que ainda não foi informada sobre a decisão. 

Às 16h de hoje, os grevistas devem fazer um ato em frente à igreja da Candelária, no centro. Em seguida, está prevista uma caminhada até a sede do Ministério Público do Trabalho para saber se o órgão vai ajudá-los a rever o acordo firmado com os empresários.

A paralisação iniciou porque os dissidentes da categoria não aceitaram o acordo fechado entre o sindicato e a prefeitura em março, que definiu aumento de 10% e R$ 140 de cesta básica. Os rodoviários reivindicam reajuste de 40%, auxílio alimentação de R$ 400 e o fim da dupla função de motorista – em muitas linhas, eles exercem também a função de cobrador.

Fonte: Terra
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